Constantes Aperfeiçoamentos nas Transmissões Televisivas
16 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: custos de adaptação, NHK testa TV 8k, no Japão atual já se trabalha com 4K, resoluções mais elevadas proporcionando cores reais e imagens em terceira dimensão
A NHK, rede oficial de televisão do Japão, investe em muitas pesquisas para constantes aperfeiçoamentos em diversos setores, e parte de sua tecnologia está sendo aplicada no Brasil, que optou pelo seu sistema digital de alta definição. Em 1985, quando morava na cidade científica de Tsukuba, como parte da EXPO 85 TSUKUBA, já a minha televisão experimental permitia a interação pelo simples toque na tela, para fazer compras no supermercado ou numa loja de departamento de forma interativa. Isto já faz mais de 28 anos, e venho acompanhando as pesquisas que permitiram aos japoneses atingirem o estado de arte em matéria televisiva, que ainda não está disponível no Brasil. A NHK também tem objetivo ajudar a população em eventuais desastres naturais como terremotos, já contando com uma câmera que pode projetar imagens de soterrados, mesmo sem contar com nenhuma luz, utilizando somente o calor do corpo humano.
O jornal japonês Asahi Shimbun publicou um artigo mostrando os testes que foram efetuados com a TV 8K pela NHK. Existe uma controvérsia se o público deve arcar com os custos de melhoria do atual 4K utilizado no Japão, ainda que existam vantagens como a melhoria sensível da resolução atual que usa um sistema horizontal que passaria a ser vertical, com uma contagem de 4.000 pixels, ou seja, dobro dos pontos que determinam a qualidade da imagem. As atuais cores ainda apresentam distorções da realidade, que passariam as ser as reais. A terceira dimensão também seria perfeita. O artigo informa que isto beneficia muito atividades específicas como o seu uso na medicina.
Visitors examine an 8K TV screen at the Science & Technology Research Laboratories of Japan Broadcasting Corp. (NHK) in Tokyo on May 28. (Natsuki Edogawa)
Os japoneses esperam que esta nova tecnologia esteja disponível em 2016, mas a maioria dos críticos afirma que para o público em geral o sistema atual já é satisfatório, não sendo necessário que sejam efetuados investimentos vultosos para a sua melhoria em todo o sistema nacional.
O que estas pesquisas denotam é que muitos entendiam que os japoneses estavam sendo superado nestas tecnologias por seus concorrentes, principalmente asiáticos, o que não corresponde à realidade. O que parece evidente é que os japoneses possuem tecnologias de ponta, mas não são muitas vezes comerciais, no que os coreanos parecem mais hábeis.
Muitas das tecnologias desenvolvidas pela NHK, por exemplo, destinam-se a outros conhecimentos avançados de usos que não são muito comerciais, como os de segurança nacional, pois são efetuados pela estatal, e não pelo setor privado. Para aproveitar adequadamente estas tecnologias, as telas a serem utilizadas seriam de grande porte, e a maioria das casas japonesas não dispõe de espaços para tanto, como muitos que são utilizados no Brasil.
O que parece relevante constatar é que os avanços tecnológicos nas transmissões de televisões continuam ocorrendo, para que o público tenha melhores condições de usufruir das imagens, como em muitos setores em que estes conhecimentos são relevantes.