Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Esforços na Redução das Tensões Internacionais

8 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigos sobre o assunto em muitos jornais, iniciativas da Coreia do Sul e do Norte, o encontro de Barack Obama com Xi Jinping, os esforços conjunto, outras aproximações dos japoneses com os chineses e coreanos

O mundo já está com muitos problemas e muitas iniciativas procuram reduzir as tensões que existem, por exemplo, no Extremo Oriente. A ascensão chinesa, do ponto de vista econômico, político e militar, geram tensões que necessitam ser controladas, e o encontro do presidente da China Xi Jinping com o presidente Barack Obama na Califórnia tem como objetivo principal encontrar formas de convivência. Os Estados Unidos continuam sendo o país mais importante, mas nas próximas décadas há possibilidades que seja ultrapassado pela China, que vem acelerando o seu desenvolvimento. E tudo isto gera tensões em todo o Pacífico, principalmente com os aliados dos norte-americanos. Mesmo que nem tudo seja possível, há que se encontrar novas formas de convivência diante desta dura realidade, sabendo que não existe mágica, mas as alternativas podem ser terríveis.

Da mesma forma, como sempre existem países que acabam radicalizando suas posições para enfrentar suas dificuldades internas, há que se encontrar formas para reduzir as tensões entre as Coreias do Sul e do Norte. No mundo, trata-se de um país que acabou sendo dividido pela guerra, cujo término não se consumou. Como a Alemanha conseguiu a unificação com a sua parte leste, muitos aspiram que um dia as Coreias sejam novamente unificadas, e todos os esforços teriam que ser feitos, ainda que dependam de muitos recursos e uma forte determinação política. Mas, é sempre bom ouvir que tentativas continuam sendo feitas.

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Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, e Xi Jinping, presidente da China

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Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un

Nada é fácil, mas os líderes políticos necessitam fazer o que é possível, empenhando-se mais para a redução das tensões. Barack Obama está sendo desgastado por seus problemas internos, e Xi Jinping, que mal assumiu o comando da China, também enfrenta problemas de profundas reformas para ajustar o país para as novas condições de maior dependência do mercado interno.

O mundo não está em condições de utilizar os seus escassos recursos na ampliação dos investimentos relacionados com a segurança internacional. Mas, por todo o lado, lamentavelmente existem os que lucram com estas atividades, não se importando com o resto do mundo, que precisam ser neutralizados. Todos os esforços para tanto devem ser bem vindos.

A Coreia do Norte enfrenta grandes dificuldades econômicas, e acabam focando nos assuntos de segurança as suas frustrações. Os coreanos do sul, com grande esforço de sua população, conseguiu um desenvolvimento, apesar de suas limitações geográficas e físicas. Muito trabalho e tecnologia consagraram os coreanos como competitivos no mercado internacional, conseguindo melhorar seu padrão de vida de forma surpreendente. Mas não podem conviver com seus irmãos e muitos familiares em condições precárias, sob uma dura ditadura familiar que já perdura por três gerações.

Mesmo com todas as dificuldades, as tentativas precisam ser perseguidas da forma mais pragmática possível. Nada é fácil e sempre existem que desejam aumentar as tensões, que acabam se espalhando por todo o Extremo Oriente.

De forma similar, o Japão precisa desenvolver entendimentos diplomáticos com a China e a Coreia para superar os profundos traumas deixados pela Segunda Guerra Mundial, ou até ocupações anteriores do início do século XX. Existem problemas difíceis de reafirmação nacionalista, mas tudo necessita ser feito em matéria de esforços, pois as tensões não podem continuar prejudicando a todos e o resto do mundo.

Muitas iniciativas, pela sua natureza, precisam ser confidenciais e estão sendo efetuadas. O que podemos fazer e torcer pelo sucesso deles, no mínimo para redução das atuais tensões.