Alimentações Saudáveis Para os Estudantes
15 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, Saúde, webtown | Tags: artigo no Estadão, preocupações explÍcitas, primeiro passo no Senado brasileiro, tramitação demorada
Um artigo da Débora Álvares foi publicado no O Estado de S.Paulo informando sobre uma primeira aprovação na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal brasileiro estabelecendo limitações para a venda de alimentos não saudáveis nas cantinas das escolas. A matéria que terá que transitar pela Câmara Federal para ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff necessitará ainda de regulamentações adicionais. Mas já é um primeiro passo mostrando que há uma preocupação com a saúde dos estudantes, notadamente nos que estão contribuindo no aumento da obesidade.
Todos sabem que os brasileiros possuem o costume de se alimentar com frituras que contêm grande quantidade de gorduras saturadas, como os pastéis, coxinhas e assemelhados. Também os alimentos industrializados com elevado teor de sódio e gorduras trans e os que contêm açúcar em excesso, inclusive nos refrigerantes. Eles estão aumentando a obesidade precoce, pois os esforços que são efetuados hoje pelos jovens, principalmente nos centros urbanos, diferem do período em que a maioria da população se encontrava no meio rural.
A medida aprovada no Senado procura estabelecer limitações para a renovação de alvarás das cantinas localizadas nas escolas, desde que elas vendam produtos considerados inconvenientes para a saúde das crianças. Recomendam campanhas educativas para os pais, professores e estudantes, por uma nutrição mais saudável, o que já vem sendo feito em muitos países que enfrentam problemas semelhantes.
Na regulamentação do assunto, depois de tramitar pela Câmara, espera-se uma listagem adequada destes produtos, que podem aumentar as restrições. O assunto já vem sendo discutido entre os parlamentares por muitos anos, envolvendo a Comissão de Educação.
Também envolvem a participação do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Espera-se que o seu alcance se estenda a todo o país, onde os hábitos alimentares são diferenciados.
Já existem algumas decisões judiciais, como no Estado de Mato Grosso do Sul, que proíbem a produção, distribuição e comercialização de produtos não saudáveis nas escolas. Nutricionistas consultadas afirmam que as escolas são estratégicas, pois ajudam a alterar os hábitos alimentares, escolhendo produtos mais saudáveis desde as crianças.
Muitas destas cantinas nas escolas são terceirizadas, e as regulamentações legais podem ajudar no seu aperfeiçoamento, havendo alternativas de produtos que podem ser considerados mais saudáveis como, por exemplos, os pães de queijos, sanduiches utilizando queijos frescos e pães integrais.
Evidentemente, estes hábitos começam nos lares, mas os ensinamentos praticados nas escolas podem induzir os pais a também adotarem hábitos alimentares mais saudáveis, pois o problema da obesidade está se tornando crítica em toda a população aumentando os custos da assistência médica no país.