Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Evoluções Que Precisam Continuar Ocorrendo

15 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: adaptações das lições japonesas, diversificações, formação dos grandes grupos, mudanças necessárias na Coreia do Sul

Tudo indica que nem tudo que é bom continua para sempre, como o que é ruim também seja permanente. Um interessante artigo publicado pelo jornal econômico japonês Nikkei mostra que mesmo numa econômica ágil como a da Coreia do Sul mudanças vão se tornando necessárias permanentemente. Todos sabem que para acelerar o desenvolvimento daquele país, alguns poucos grandes aglomerados foram formados, parcialmente copiando que tinha acontecido no Japão. Foram bem sucedidos em casos como a Hyundai, Samsung e LG, bem como a estatal POSCO, para se tornarem competitivas no mundo, com suas marcas reconhecidas nos mais avançados mercados internacionais. No entanto, sempre parec necessário que se admita uma concorrência interna mais intensa com a multiplicação de grupos de pequenos e médios portes que sejam ágeis no aproveitamento de alguns nichos do mercado, bem mudanças nos seus modelos de negócios.

Cita-se o caso das motocicletas, onde os produtos com tecnologias de ponta estão ocupados por estrangeiros como os japoneses, ao mesmo tempo em que os de baixos custos estão sendo fornecidos pelos chineses. Como a Daelim coreana ocupava 51% do mercado e caiu 14% nos últimos três anos, as autoridades coreanas estão preocupadas. Algo parecido também está ocorrendo o mercado de automóveis com a importação de modelos de elevado luxo. Inclusive a siderurgia POSCO que detém 54% do mercado local em 2012, caiu 7% com relação a 2009.

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O artigo informa que a Samsung Eletrônica é considerada entre as chaebols, ou seja, os grandes conglomerados coreanos, a mais eficiente, mas está com suas operações altamente dependentes de somente um produto que é o seu smartphone (70% do seu lucro), ainda com o mais elevado na Coreia do Sul, seguida pela Hyundai. Os lucros líquidos destes grandes aglomerados estão se reduzindo, inclusive os das 501 companhias listadas naquele país, quando desconsiderada a Samsung.

As chaebols coreanas, ainda que sejam gigantescos conglomerados, estão mantendo velocidade nas suas decisões, para poder ajustar-se às mudanças que estão ocorrendo no mercado internacional. Os modelos de negócios precisam se adaptar aos humores do mercado e eles dependem fortemente do que acontece no resto do mundo, pois seu mercado interno não é de grandes dimensões, diferindo dos seus vizinhos chineses e japoneses.

Elas foram consideradas os melhores tigres asiáticos e tiveram que divergir das orientações de organismos internacionais como o FMI e o Banco Mundial, notadamente na superação da crise asiática. Agora, estão se integrando nos esforços da formação de mercados comuns com outros países e regiões, para continuar mantendo a performance que tiveram no passado.

O que parece interessante é que as autoridades coreanas procuram acompanhar estas evoluções, diferenciadas por setores, sabendo que para a continuidade do seu desenvolvimento necessitam permanecerem sempre atentos.