Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Impressionante Anúncio da GE no Valor Econômico

24 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ausência de algumas informações, especial de energia da GE no Valor Econômico, tecnologias relacionados com petróleo e gás, unidades de produção e pesquisa no Brasil

A GE – General Eletric, como outras empresas multinacionais, vêm apresentando anúncios que são verdadeiros suplementos, como o especial de energia publicado no Valor Econômico. Como são matérias elaboradas pela empresa GE Oil & Gas, suas informações estão redigidas com o maior cuidado, compreendendo dados precisos sobre o que se dispõe de melhor em matéria de tecnologia para a exploração que caminha cada vez mais para águas profundas, como as encontradas no pré-sal do Brasil.

O suplemento cobre desde o reconhecimento que na matriz energética mundial, mesmo com a utilização de outras fontes de energia, os combustíveis fósseis continuarão a ter uma importância fundamental. Divulgam que as reservas globais comprovadas atingiram 1,6 trilhão de barris em fins de 2012, sendo suficiente para atender 52 anos e nove meses da demanda mundial, segundo o relatório da BP – British Petroleum. O Brasil teria 15,3 bilhões de barris, correspondendo a perto de 1% por ora, mas, segundo o suplemento, numa estimativa conservadora, o pré-sal poderia chegar a 60 bilhões de barris, ou cerca de 4% da reserva mundial. Ainda assim, a indústria de petróleo e gás chegaria a 12% do PIB brasileiro, podendo chegar a 20% em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo.

Kazuenergia

O anúncio-suplemento informa que a GE Oil & Gas emprega mais de 2.000 pessoas no Brasil, contando com seis unidades fabris, visando a inovação tecnológica e expansão da base industrial para atender os clientes.

Com informações fornecidas pelo engenheiro Edson Nakagawa, formado na Escola de Engenharia de Piracicaba, mestrado pela Universidade de Ouro Preto, doutorado pela Louisiana State University e que hoje lidera o Centro de Excelência de Sistemas Submarinos da GE, que faz parte do Centro de Pesquisas Global da GE no Rio de Janeiro, descreve-se o que a empresa faz no Brasil. Bem como faz um apanhado da tendência mundial para a produção de petróleo e gás em águas profundas.

Informa-se sobre a tecnologia embarcada dos 29 navios-sondas encomendados para o pré-sal, a GE deve equipar 22 unidades, com tecnologia de ponta para a eficiência energética.

Descreve, também, o espaço dedicado à saúde da indústria, contando com o Customer Application Center que já se dispõe em Campinas, duas nos Estados Unidos, e uma em cada país como a Itália, Rússia, Coreia do Sul, China e Bahrein, prevendo-se a segunda unidade brasileira no Rio de Janeiro.

Na realidade, as pesquisas locais são necessárias para que as tecnologias funcionem adequadamente nas condições que se diferenciam pelas diversas regiões servidas, havendo diferenças entre o treinamento prático e os conhecimentos teóricos.

Ainda que o suplemento seja bastante ilustrativo, sente-se a ausência de informações sobre a produção de petróleo e o gás a partir do xisto, que está mudando a matriz energética mundial. Bem como a ausência das grandes produtoras de petróleo multinacionais na próxima concorrência nas concessões do pré-sal, que figuram entre as mais promissoras em matéria de reservas.