Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Suplemento Setorial Sobre Saúde no Valor Econômico

24 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, Saúde, webtown | Tags: as entidades beneficentes, as limitações existentes nos hospitais públicos, os recursos públicos crescentes, suplemento sobre saúde no Valor Econômico, uma ampla pauta de assuntos

Um dos assuntos cruciais brasileiros que são divulgados com frequência e constam das reivindicações públicas dos últimos meses, figura o problema de atendimento de saúde para a população brasileira, que está numa situação precária. Pesquisas efetuadas pela CNI – Confederação Nacional da Indústria indicam que 77% da população brasileira apontam a saúde como o principal problema. O suplemento Setorial do Valor Econômico sobre a Saúde procura abordar o assunto fornecendo uma série de dados sobre o assunto. Informa que o governo lançou o programa Pacto pela Saúde, investindo R$ 15 bilhões adicionais até 2014 na estrutura para os atendimentos relacionados com a saúde.

O total dos gastos totais do país na saúde está se elevando, tendo sido de 9% dos gastos públicos em 2010 do PIB, chegando a 10,7% de todos os gastos das administrações governamentais. Muitos países estão com percentuais mais elevados em saúde com relação ao PIB, como com relação aos seus gastos governamentais. São percentuais não desprezíveis, mas as necessidades continuam aumentando, tanto pelos avanços das tecnologias médicas como em decorrência da elevação da idade das populações. Numa comparação internacional, os gastos do governo, em termos per capita continuam relativamente baixos. O ministro da Saúde Alexandre Padilha está enfatizando a necessidade da medicina preventiva.

kazusaude

A balança comercial do setor de saúde continua altamente deficitária, com um saldo negativo de US$ 11 bilhões. Recursos externos estão chegando ao Brasil para ajudar neste atendimento à saúde. A esperança constitucional da universalização dos atendimentos de saúde ainda está longe de ser atendida, mesmo com os esforços federais, estaduais e municipais, que continuam aumentando.

Os atendimentos sem fins lucrativos continuam sendo feitos pelos hospitais públicos como pelas entidades filantrópicas, onde as Santas Casas ocupam um espaço importante, com um déficit anual que chega a R$ 5 bilhões. Existem dificuldades para deslanchar os esquemas público-privados.

Tanto os equipamentos como os medicamentos ainda estão sendo importados, mesmo que estejam sendo feitos esforços para as produções locais. Os planos de saúde continuam com seus participantes em crescimento, mas giram em torno de 48 milhões ao que se somam outros 18 milhões para os planos odontológicos.

Nos hospitais privados, observa-se uma tendência à concentração, com os pequenos fechando enquanto os grandes estão agressivos. As clínicas populares estão se disseminando para o exame de laboratórios, e as vendas da indústria farmacêutica estão crescendo 16% neste ano, com ampliação dos remédios genéricos e dos fornecimentos gratuitos e com descontos.

Nas farmácias também se observam tendências para fusões e aquisições. As inovações também estão sendo introduzidas, tanto nos diagnósticos como em muitos procedimentos. Na realidade, o suplemento procura cobrir todos os temas relacionados com a saúde.