Pesquisas de Opinião Pública Sobre Eleições
25 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: limitações das pesquisas, objetividade nas análises destes indicadores, perigo das conclusões de jornalistas
Todos sabem que os levantamentos efetuados por entidades especializadas em opinião pública têm muitas limitações, e seus resultados que refletem somente uma situação de momento podem ser alterados tanto no tempo como dependem de fatos que influenciam estas opiniões. A cada eleição levantam-se críticas sobre estas pesquisas, pois muitos resultados acabam diferindo daqueles que se imaginavam corretos. Ainda que as amostras sejam determinadas com critérios técnicos, costumam ser pesquisados alguns milhares de eleitores espalhados por muitos municípios, classificados por sexo, idade, nível de renda etc. Nem todos são rigorosos em suas amostragens, mas fornecem informações que precisam ser consideradas com grandes intervalos de confiança.
Todos os analistas políticos costumam ter suas preferências e os realmente profissionais respeitáveis deveriam se ater somente às informações com as suas limitações. O último levantamento divulgado pelo Ibope, contratado pelo O Globo, referiu-se a um período que foi de 17 a 21 de outubro, sendo que num comentário em uma rádio, um jornalista já veterano citou influências de três fatos relevantes que já devem ter alterado os resultados que foram obtidos, mas que foram posteriores a estas datas, não podendo ter determinado os resultados obtidos.
É evidente que os dados destas pesquisas acabam influenciando uma parcela dos eleitores, tanto que muitas entidades arcam com seus custos, esperando que as tendências observadas ao longo de um período acabem fornecendo informações relevantes. Os partidos políticos, como os chamados marqueteiros, acabam usando outros levantamentos qualitativos, que procuram identificar os efeitos de medidas que estão sendo tomadas.
Os programas partidários nas rádios e televisões são considerados importantes, e eles costumam ser elaborados com informações que os marqueteiros acreditam que são mais sensíveis aos eleitores. O sistema acabou provocando uma distorção, porque, mais que os programas partidários ou de eventuais candidatos, as imagens pessoais dos candidatos são considerados mais relevantes.
Mesmo com todas as limitações que possam ser apontadas, estas informações acabam sendo consideradas razoáveis para o estabelecimento de estratégias dos candidatos e seus apoiadores. Tudo recomenda que não vale a pena brigar com os dados, que não são precisos, mas acabam fornecendo algumas indicações, sejam ou não agradáveis para muitos.