Efeito Estufa no Mundo e no Brasil
7 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: dados preocupantes, furação nas Filipinas, os dados sobre o Brasil, relatório da Organização Meteorológica Mundial
Os dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial, publicados no The Japan Times, com base nas notícias distribuídas pelas agências AFP-JIJI, informam que a quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera da Terra bateu novo recorde em 2012, continuando com um aumento cada vez mais rápido. Segundo o secretário geral da organização, Michel Jarraud, isto está no novo relatório anual. O dióxido de carbono, o principal culpado do aquecimento global, chegou a 393,1 partes por milhão no ano passado, ou 141 por cento nos níveis pré-industriais, de 1750. As chances de limitar o aumento da temperatura global a 2 graus Celsius, que será discutido em Varsóvia na próxima semana, num evento da ONU – Nações Unidas, diminuiu sensivelmente.
No Brasil, o jornal Valor Econômico, num artigo elaborado por Daniela Chiaretti, utilizou as informações divulgadas pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases – SEEG, organizada por 35 institutos e organizações não governamentaism que vem debruçando sobre estes dados, o que é uma boa notícia. O Brasil seria o sétimo maior emissor, vindo depois da China que seria a primeira e os Estados Unidos que são a segunda. Mas o preocupante é que, apesar da redução das emissões provocadas pelos desmatamentos e queimadas, entre 1990 a 2012, as emissões brasileiras estão acima das médias mundiais, nos processos industriais, de energia e resíduos. Nas derrubadas das florestas, caiu 35%, mas no setor de energia, que inclui os transportes, subiram 126% no Brasil, enquanto a mundial foi de 37%. Nos processos industriais, aumentou 65%e nos resíduos, 64%.
Como as preocupações brasileiras com estes problemas estão aumentando, tudo indica que medidas adicionais acabarão sendo tomadas para dar a contribuição do Brasil para resolver estas distorções, que são urgentes.
Os especialistas advertem que, a menos que sejam feitos mais esforços para conter estas emissões, o mundo enfrentará problemas devastadores como frequentes megatempestades, extinção de espécies, escassez de água, perdas de glaciares e do gelo polar, entre outras calamidades.
Segundo notícia divulgada pela AFP ainda hoje, as Filipinas enfrentará o tufão mais forte em todo o mundo neste ano. As rajadas de vento estão chegando ao incrível número de 330 quilômetros por hora, devendo chegar ao arquipélago na manhã de sexta-feira local, exigindo a evacuação de grandes massas populacionais, que está sendo organizada pelo governo do presidente Benigno Aquino.
Na Ásia, neste ano, as irregularidades climáticas estão atingindo magnitudes assustadoras, mostrando que não se trata teoricamente do que pode acontecer no futuro. Já estão acontecendo em diversas partes do mundo.
Todos temos que colaborar para que estes efeitos sejam minimizados com medidas concretas e imediatas, ou todos sofreremos direta e pessoalmente de suas consequências. É de se esperar que a consciência destes graves problemas seja de todos, não somente de especialistas, das empresas ou das autoridades.