Melhoria da Capacidade Militar Chinesa
1 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo de Tony Capaccio do site da Bloomberg, capacidade para atuar contras seus vizinhos asiáticos, elevação da capacidade militar chinesa, informação da Força Aérea dos EUA, novos testes de mísseis chineses de ultra-alta velocidade | 6 Comentários »
Tony Capaccio publica no site da Bloomberg uma matéria com base nas exposições de Lee Fuell, diretor do Centro de Inteligência da National Air and Space da Força Aérea dos EUA, sobre a elevação da capacidade militar da China. Desde que Xi Jiping assumiu o comando da Comissão Militar Central daquele país, os chineses realizaram exercícios militares no Pacífico e no Mar Sul da China, e ampliaram a zona de defesa aérea sobre ilhas em disputa com o Japão. Ainda que seus gastos militares sejam um quinto dos norte-americanos, estão criando um exército forte e disciplinado, bem como aumentando o poder aéreo e naval, principalmente para média distância, podendo bloquear ou invadir Taiwan. Eles procuram deter ou evitar a intervenção militar dos EUA na região.
Bill Gertz, do The Washington Free Beacon, publica uma matéria sobre os novos mísseis chineses testados no último dia 9 deste mês de janeiro que são considerados de ultra-alta velocidade, destinadas a transportar ogivas através de defesas antimísseis dos Estados Unidos. Eles estão apelidados de WU-14 pelo Pentágono e parecem projetados para serem lançados transportados inicialmente por um dos mísseis balísticos intercontinentais da China, deslizando posteriormente à velocidade de até 10 vezes a do som a partir da proximidade do alvo, deixando de ser somente para a guarda costeira. O assunto ainda não está sendo comentado pelas autoridades norte-americanas.
As autoridades militares norte-americanas vêm realizando reuniões regulares com as chinesas, mas este reaparelhamento militar da China não parece estar se enquadrando no sistema dos EUA, mas constituindo um sistema chinês independente.
Ainda que por ora o objetivo chinês esteja nos arredores da Ásia, os rápidos avanços da China podem constituir problemas para os EUA que também cogitariam tomar medidas como as que resultaram na dissolução da antiga URSS, ou seja, provocar uma corrida armamentista que comprometa a economia chinesa que vem investindo constantemente na sua capacidade militar, inclusive com projetos ousados utilizando suas tecnologias disponíveis.
Na realidade, EUA e China estão convivendo neste mundo globalizado, ainda que sempre haja um clima de rivalidade não confessada. O que parece evidente que suas conveniências recíprocas prevalecem sobre considerações com seus aliados asiáticos como o Japão e outros.
Shinzo Abe e o Japão enfrentam o dilema de intensificarem suas dependências militares com os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que desejam atender os nacionalistas japoneses que aspiram por maior independência na sua política externa, que cria reações dos vizinhos chineses, coreanos e outros.
Lamentavelmente, nos períodos de instabilidade econômicos como a atual, sempre existem os partidários da utilização do setor de armamentos militares como estratégico para estimular a economia, que nos Estados Unidos ficou famoso como o chamado complexo militar-industrial.
Cruz credo! O mundo pede paz, mas há países que só pensam em armas, caças militares etc.
Cara Amanda Rocha,
Infelizmente, esta é a dura realidade. Obrigado pelo seu comentário.
Paulo Yokota
Senhor, acho muito bacana os avanços tecnológicos da China, bem como do Japão na área militar. Este último, por exemplo, está desenvolvendo um moderno caça de combate: Mitsubishi ATD-X Shinshin.
O Japão é muito renomado por seus carros, robôs, navios e produtos eletrônicos. Mas o país é impressionante, sendo capaz de criar hodiernos caças militares.
Caro Gustavo Almeida,
Obrigado pelos seus comentários. Os japoneses e a Mitsubishi criaram caças que utilizaram na Segunda Guerra Mundial que deram muito trabalho para os Aliados. No entanto, depois da Guerra não conseguiram bons projetos de aeronaves, tanto militares como comerciais. Estão ainda em fase de testes de aeronaves que tentam competir com os da Embraer, dependendo ainda de muitos trabalhos para se tornarem efetivos no mercado. Dependem exageradamente dos Estados Unidos, que nem sempre autorizam o uso de suas tecnologias para aviões que disputam mercados externos. Certamente os japoneses dispõem de tecnologias específicas e produzem componentes que são fornecidas para grandes empresas como a Boing, como também faz a Embraer. Há que se aguardar ainda fases futuras para comprovar a eficiência dos seus projetos.
Paulo Yokota
Acho que outros sites devem tomar este site como um exemplo. O design de usuário é muito limpo e agradavel e tem um excelente estilo.
Caro Ismael,
Obrigado pelo comentário.
Paulo Yokota