Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Divulgação Sobre o Grafeno

28 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo do New York Times reproduzido em português no Estadão, avanços na indústria eletrônica, centro de pesquisa no Mackenzie, outras possibilidades

Já noticiamos neste site sobre o grafeno descoberto há alguns anos que, pelas suas potencialidades, continua entusiasmando os pesquisadores dos mais variados setores. Muitos meios de comunicação social estão sendo utilizados para a sua divulgação. Ele é mais fino, resistente, transmissor de eletricidade e calor, excedendo em flexibilidade todos os materiais que se conhecem, com custos baixos. A indústria eletrônica e a nanotecnologia já começam fazer uso do grafeno, não se sabendo ainda claramente em que setor ela terá maior importância, havendo os que acreditam que seja na medicina. O jornal O Estado de S.Paulo reproduz em português um artigo publicado por Nick Bilton no The New York Times sobre o assunto.

O setor de eletrônica tem sido um dos que apresentam mais possibilidades para a utilização da inovação, sendo que os coreanos vêm se destacando na sua velocidade. Mas as qualidades do grafeno são tantas que os centros de pesquisas de todo o mundo se apressam no desenvolvimento de outras utilizações. A Sociedade Americana de Química informou que ele é tão fino que um grama cobre um campo de futebol, apresentando a resistência que pode revolucionar a indústria aeronáutica. Mas a sua utilização na computação pode permitir que, pela nanotecnologia, fosse aproveitada na medicina injetando diagnosticadores no corpo humano.

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O artigo informa que a Universidade de Northwestern construiu uma bateria que incorpora grafeno e silício, permitindo a construção de um celular que poderia ser carregado em 15 minutos para durar uma semana.

A Universidade de Manchester foi uma das pioneiras a trabalhar com grafeno e está construindo sensores de gás, biossensores e sensores de luz. Os coreanos já trabalham com transístores de grafeno e telas flexíveis para aparelhos eletrônicos.

No Brasil, ainda que modestamente, a Universidade Mackenzie já providenciou a instalação de um centro de pesquisas, com a direção de um brasileiro já consagrado em Cingapura.

Informa-se que uma das melhores possibilidades será na medicina, com a injeção de um transmissor no corpo humano, que trará informações interiores para equipamentos especializados, permitindo um rápido diagnóstico de algumas deformidades com potencialidade de se transformar em moléstia.

Na indústria aeronáutica, deverá auxiliar na produção de aparelhos com menor peso, como já vem sendo feito por outros materiais. O consumo de energia será reduzido e muitos outros ganhos poderão ser obtidos.

Existe uma competição para ver quem consegue patentear mais rapidamente estas inovações, tanto da parte dos asiáticos como do Ocidente, e o Reino Unido que descobriu este material não deseja perder o seu espaço.

Das descobertas recentes que são muitas, a do grafeno está mostrando maior potencialidade para aplicação prática que possa ser transformada em produtos comerciais, sem que se identifique até agora nenhuma contraindicação.

Na realidade, isto vem demonstrando que os pessimismos de muitos sobre as disponibilidades de muitas matérias-primas não se justificam, e a humanidade, como sempre, consegue superar os limites que foram previstos.