Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Efeitos do Otimismo ou Pessimismo

28 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: artigo na Folha de S.Paulo sobre o humor, observações sobre a imprensa internacional, problemas com os meios de comunicação brasileiros

Um interessante artigo de Reinaldo José Lopes foi publicado na Folha de S.Paulo relacionado com a ciência do humor, informando que o neurocientista Scott Weems, da Universidade de Maryland, publicou um livro com o título “Ha! A ciência de quando e por que rimos”. No seu resumo das conclusões de “humorologia” ou investigação científica do humor, o riso e o senso de humor seriam mecanismos que os cérebros complexos como os humanos desenvolveram para resolver contradições e, de quebra, obter prazer. Todos sabem que existem grupos que repetem gargalhadas coletivamente, como uma forma de se sentir melhor. Isto acaba ocorrendo nos mais variados segmentos do comportamento humano.

Observando a mídia internacional e a nacional, nota-se que atualmente, ainda que a mundial aponte os problemas existentes, eles estão intercalados por notícias que procuram ressaltar os aspectos positivos também existentes. Sempre as informações sobre o turismo como os prazeres da gastronomia acabam descrevendo os lados positivos, pois ninguém procuraria estes programas para ficar na fossa. Os idosos e os que sofrem de doenças necessitam manter o seu otimismo, para melhorar a sua saúde. E até a economia só tem condições de melhora em ambientes mais positivos. Mas, na mídia nacional, parece predominar um exagero crítico que em nada contribui para a melhoria do quadro presente ou futuro, pois não costuma indicar os caminhos possíveis para a sua melhora.

FSPkazu

As informações médicas indicam que exercícios físicos como pensamentos positivos ajudam a produzir algumas substâncias no cérebro que ajudam a manter o otimismo, evitando-se remédios que são só recomendados por indicação médica para casos extremos.

Todos sabem que existem limitações na economia como na política, pois as aspirações da coletividade tendem a ser maiores do que as possíveis de serem atendidas pelos recursos limitados disponíveis. Nem mesmo o ar que respiramos ou a água que bebemos são tão livres como muitos imaginavam, e para a sua preservação existem custos que necessitam ser arcados pela sociedade.

Os outros bens que são indispensáveis para a sociedade como a saúde pública, a educação básica, segurança pública bem como todos os atendimentos de caráter social só podem ser providenciados se forem arrecadados recursos para tanto, na forma de tributos. O Estado só transfere recursos, não os cria. E em muitos casos, eles são aplicados com eficiências lamentáveis.

A coletividade tem que contribuir com parte dos recursos que ajudam a gerar, e necessitam apontar seus representantes para que as gestões dos mesmos sejam as melhores possíveis. Precisam ajudar a eleger estes representantes e deles cobrarem o cumprimento dos programas com os quais se candidatam.

Mas imaginar que estas tarefas serão melhores executadas somente com críticas que contribuem para a criação de um clima negativo parece uma ilusão. Há que se apresentar alternativas para os aperfeiçoamentos que sempre são possíveis. Depredar o que já foi construído com muito custo não parece ser a solução mais razoável.

Muitos que imaginam que suas aspirações não estão sendo atendidas necessitariam contribuir para a melhora destes mecanismos e hoje existem muitas ONGs para os mais variados setores, bem como entidades filantrópicas que necessitam de serviços voluntários para os serviços de saúde, de educação e de outras necessidades sociais.

Parece que com um pouco de otimismo realista a solução destas dificuldades coletivas podem ser, no mínimo, minoradas.