O Novo Parlamento Europeu é uma Torre de Babel
26 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Política | Tags: administração mais difícil, as manifestações de protesto, momento de perplexidade, numa das regiões politicamente mais desenvolvidas
Nos 28 países da UE – União Europeia houve eleições para a escolha dos seus representantes no Parlamento Europeu e o seu resultado foi chamado pelo Financial Times como uma Torre de Babel. Os partidos de protesto tiveram resultados mais contundentes na França, na Grécia e no Reino Unido, o que torna a administração da UE mais complexa. No Reino Unido, o UKIP – UK Independence Party que deseja retirar a Grã-Bretanha da UE venceu as eleições ficando com 27,5% dos votos, os conservadores do atual primeiro-ministro David Cameron em terceiro lugar com 24%, depois dos trabalhistas com 25%. Os partidos de protesto ficaram com 30% dos votos, quando tinham 20% até o presente.
Na França, a Frente Nacional, da Marina Pen, fez a campanha contra os imigrantes e ficou com 25% dos votos, quanto só tinha 3 dos 577 deputados no país, provocando uma humilhação ao presidente François Hollande, e na Grécia o Syriza, de Alexis Tsipras, posicionou-se contra a austeridade alemã e ficou em primeiro lugar com seis deputados. Os alemães acabaram como vilões da Europa, quando desejam a racionalidade.
Sede da União Europeia em Bruxelas
Os 751 membros da Assembleia Europeia terá a voz para nomear o novo presidente da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia. Até o momento, os partidos de centro-direita possuem 212 lugares e socialistas 185, e uma coligação permite a maioria.
A Alemanha deu um suporte para a chanceler Angela Merkel, com os Democratas Cristãos ficando com 36% dos votos, quando tinha 42% na última eleição nacional. Os anti-europeus ficaram somente com 6,5% dos votos alemães. Na Itália, o jovem primeiro-ministro Matteo Renzi conseguiu uma vitória como exceção na Europa.
Estes dados constam de um artigo publicado no site da Bloomberg que num editorial afirma que os europeus se viraram contra a Europa, com muitos candidatos se comprometendo a encerrar seus escritórios ao término da eleição, o que ainda não vai acontecer. Mas o site se posiciona afirmando que o caso da Ucrânia exige uma Europa unida, o mesmo ocorrendo com a recuperação europeia, que deve ter uma posição de conjunto mais forte que as nacionais.
Na realidade, existem outros países europeus que desejam se reunir à União Europeia, e o atual problema parece estar muito relacionado com a imigração que continua prejudicando as populações dos países centrais.