Consolidação das Conquistas e Inovações Recentes
30 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: envolvimento do setor privado, o setor de etanol, pesquisas da Embrapa com outros centros
O Valor Econômico apresenta dois artigos importantes relacionados com os agronegócios, um de Fabiana Batista, relatando a presença de Roberto Rodrigues na presidência do conselho da ÚNICA – União da Indústria de Cana de Açúcar, procurando estabelecer um novo canal de comunicação das usinas com o governo. Outro de Mariana Caetano relatando os esforços da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária com a Unicamp bem como aberturas para pesquisas com entidades privadas sobre o desenvolvimento da biotecnologia. Todos sabem que o setor agrícola brasileiro conquistou um importante espaço e vinha sustentando parte relevante da economia brasileira, mas as limitações atuais estão provocando dificuldades para a continuidade deste papel importante para o futuro.
Ainda que a presidente executiva da ÚNICA, professora Elizabeth Farina viesse estabelecendo entendimentos importantes com o governo federal deve-se reconhecer que Roberto Rodrigues que foi Ministro da Agricultura no governo Lula da Silva possui acesso a autoridades relevantes como o atual Chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Evidentemente no governo Dilma Rousseff tanto a Petrobrás como as usinas de etanol acabaram sendo prejudicadas, diante da opção para manter limitados os reajustes dos combustíveis, visando manter a inflação sob controle. A correção necessária deste rumo não é uma operação simples, podendo ocorrer ao longo do tempo.
Ex-Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Num Seminário realizado pelo Valor em São Paulo, sobre “Biotecnologia e Inovação” o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, afirmou que definiram uma agenda para a criação de um “pipeline” de geração de ativos de base biológica, para desenvolver novas plantas geneticamente modificadas, o que será feito com entidades oficiais como a Unicamp como empresas do setor privado.
Todos sabem que o mundo está se voltando para estes tipos de pesquisas, que além de aumentarem as produtividades das plantas estão as tornando resistentes as secas, como os frios intensos e até inundações. As irregularidades climáticas, como as provocadas pelo El Niño e La Niña acabam prejudicando não só os produtores como o abastecimento mundial de alimentos.
Com as limitações dos orçamentos públicos a Embrapa está promovendo parcerias tanto com outras entidades públicas como empresas que já possuem experiência mundial em muitas variedades geneticamente modificadas, que estão sendo aceitas em mercados tradicionais.
Maurício Lopes, presidente da Embrapa
Há necessidade que as novas variedades que estejam sendo desenvolvidas sejam negociadas com os países importadores de forma a evitar dificuldades na sua aceitação. Tudo isto vem mostrando que a produção agropecuária exige um amplo complexo de providências para que sejam capazes de continuar ajudando tanto os produtores como os consumidores, além de proporcionar um impacto positivo no desenvolvimento da economia brasileira.