Destaque Eventual de Acadêmico Brasileiro
14 de agosto de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, Educação | Tags: dificuldade médias dos brasileiros, honrosa premiação de um matemático brasileiro, problemas a serem resolvidos
Ainda que uma andorinha não faça o verão, quando um acadêmico brasileiro de matemática como Artur Avila, 35 anos, recebe um prêmio considerado equivalente ao Nobel de Matemática, a Medalha Fields, concedida pela União Internacional de Matemática, mesmo que atualmente ele não esteja trabalhando no Brasil, acaba sendo um evento que deve ser destacado. Na ocasião receberam também a Medalha Fields de 2014 o canadense Martin Haider e a iraniana Maryam Mirzakhani. Ele é pesquisador do IMPA – Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, do Rio de Janeiro, e hoje se encontra trabalhando no CNRS – Centro Nacional de Pesquisa Científica, órgão do governo francês, que manifestou regozijo pelo fato, por intermédio do Presidente François Hollande. Ele recebeu a honraria das mãos da Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye em Seul. A próxima reunião da União Internacional de Matemática deverá ocorrer no Brasil em 2016.
Artur Avila recebe a Medalha Fields da Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye
Ainda que já existam pesquisadores brasileiros que estejam se destacando no cenário internacional pelas suas contribuições relevantes para os avanços científicos, deve-se admitir que o conhecimento médio dos brasileiros, notadamente em matemática, ainda é considerado precário, como constatado em algumas pesquisas comparativas. Mesmo que alguns avanços já estejam sendo registrados.
O que parece indispensável é que a educação fundamental no Brasil permita que os alunos brasileiros tenham conhecimentos equivalentes aos que estão sendo obtidos pelos asiáticos, tanto em matemática como em ciências como um todo.
Os recursos humanos indispensáveis para o desenvolvimento brasileiro exigem que a média da população brasileira esteja qualificada, de forma competitiva, com outros países emergentes, não se restringindo somente a alguns centros de excelência. Ainda que estes também sejam necessários para a formação de quadros especiais que atendam os projetos de grande significado que o país já dispõe.
As notícias sobre as deteriorações das melhores universidades como as sustentadas pelo Estado de São Paulo são alarmantes, mostrando que seus dirigentes necessitam reformular suas políticas, visando menores benefícios próprios, fomentando novas pesquisas como formação de quadros de ponta.