O SESC de São Paulo
12 de janeiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: papel desempenhado por Danilo Santos de Miranda, um SESC de São Paulo que se destaca, uma visão diferenciada da cultura
O diretor regional de São Paulo do SESC, sociólogo Danilo Santos de Miranda, tem uma visão diferenciada sobre o papel da instituição na cultura brasileira, conseguindo deixar a sua marca na gestão que se prolonga por 30 anos.
Danilo Santos de Miranda.
O SESC – Serviço Social do Comércio é uma das instituições que se destaca em São Paulo e no Brasil pela boa aplicação do 1,5% cobrada sobre as folhas de pagamento das empresas de comércio e dos serviços. Designado pelo presidente da Federação do Comércio, Abram Szajman, Danilo Santos de Miranda vem efetuando uma administração exemplar nos últimos 30 anos que está na sua direção regional, compreendendo 34 instituições na Capital, no Litoral e no Interior do Estado de São Paulo.
Personalidade afável, com grande cabedal de conhecimento cultural do mundo, tem uma rara habilidade de ser praticamente uma unanimidade num meio onde costuma imperar a vaidade, mostrando que tem uma clara visão global para proporcionar a felicidade, bem-estar e vida agradável que não se restringe somente aos comerciários. Os paulistas possuem o privilégio de usufruir da rica programação que envolve desde a alimentação, os exercícios físicos com uma ampla gama de atividades culturais, alguns até com marcas de pioneirismo.
Uma entrevista concedida à Ligia Nogueira, do Valor Econômico, esclarece muito de sua visão ampla que se diferencia dos muitos que se dedicam à divulgação da cultura no seu sentido mais amplo. Notam-se, raramente, críticas na imprensa que alguns artistas sem muito destaque popular costumam ser contemplados pelo SESC. Os que já contam com público para sustentar suas atividades não precisam do suporte da instituição, que não se esquece de incentivar jovens como veteranos que, mesmo tendo qualidade, não são comerciais.
Esta longa experiência do SESC demonstra que assuntos culturais dependem da competência, de um trabalho duro e persistente, não podendo ficar mudando com a simples moda ou a preferência de eventuais dirigentes. É um assunto sério que necessita contar com uma clara orientação mantida ao longo do tempo.
O SESC não se aventura a fazer o que não pode. Tem uma clara ideia do orçamento com que conta, e os muitos espetáculos de elevada qualidade são oferecidos com tarifas modestas, tanto que a maioria de suas programações recebe demandas superiores às capacidades de suas instalações. São procurados pelos especialistas como pelos públicos habituais, até por pessoas modestas que só assim podem ter acesso a programas de qualidade. Sou uma testemunha viva, pela frequência assídua à sua programação.
Se todas as organizações similares tivessem o desempenho e a qualidade oferecida pelo SESC, pode-se acreditar que a população brasileira contaria com melhores condições culturais.
A íntegra da entrevista de Danilo Santos de Miranda pode ser acessada no http://www.valor.com.br/cultura/3854598/um-gestor-que-planeja-o-bem-estar .