A Ciência Confirma Que A Humanidade É Otimista
10 de fevereiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo publicado no site da Bloomberg, estudo da Universidade de Vermont, o número de palavras que revelam otimismo em diversos idiomas
Um artigo elaborado por Michelle Fay Cortez, publicado no site da Bloomberg, informa que uma pesquisa científica confirma que a humanidade é otimista.
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Foi com grande satisfação que constatei neste artigo publicado no site da Bloomberg que uma pesquisa científica está confirmando que a humanidade é essencialmente otimista. Apesar dos muitos fatos negativos registrados pela mídia com intensidade, este site procura destacar os mais positivos e esta posição acaba sendo apoiada por um estudo efetuado pelos pesquisadores da Universidade de Vermont, no seu Laboratório de História Computacional.
O artigo informa que a peste, a fome e a guerra não pode obscurecer a disposição ensolarada da espécie humana. A maioria da comunicação social, em livros, pelos meios eletrônicos de relacionamento social e até em jornais, é positiva, de acordo com uma pesquisa extensa abrangendo milhões de palavras utilizadas nos mais variados idiomas.
Os estudos começaram em inglês, encontrando-se que o uso de palavras positivas superaram as negativas. As pesquisas foram ampliadas para nove outros idiomas, incluindo o russo, o alemão, o espanhol e até o árabe. Abrangeram mais de 100 mil palavras de diferentes fontes, como a Google, os livros, o New York Times, os filmes e programas de televisão.
Para determinar quais palavras eram positivas ou negativas, os pesquisadores remuneraram usuários nativos de cada idioma, para as classificarem numa escala que ia de 1 a 9. Como resultado, por exemplo, em inglês o “riso” recebeu 8,5, “alimento” 7,4, “caminhão” 5,5 e “terrorista” 1,3. Os pesquisadores testaram o sistema no livro “Moby Dick”, encontrando uma grande queda na felicidade média, que nos primeiros 25 por cento do livro para os últimos 10 por cento, quando palavras como “ausente”, “tiro”, “pobres”, “morrer” e “mal” apareciam mais.
Segundo o pesquisador principal Peter Dodds, sem exceção, as palavras que as pessoas utilizam mais frequentemente foram positivas. Em espanhol, eram as mais otimistas e em chinês, as ultimas, mas a “distribuição da felicidade” encontrada era sempre positiva. Este resultado foi real, embora possa parecer o contrário na experiência pessoal de muitas pessoas, segundo Peter Dodds.
Ele afirma que pode ser surpreendente para muitas pessoas, mas tomando tudo como um todo, pode-se notar um viés em direção positiva. Existe muito de fundamental no jeito em que se usa a linguagem que reflete a nossa natureza. Quando temos algum terrível problema no mundo, a nossa natureza social o codifica em nossa linguagem.
Os achados publicados no Proceedings of the National Academy of Science fornece uma visão da natureza humana. A abordagem utilizada permite aos pesquisadores acompanharem as emoções da população inteira, como a contrariedade com o assassinado de 12 pessoas nos escritórios da Charlie Hebdo na França.
O que se identificou não significa que todas as formas de comunicação são universalmente positivas. Nós temos muitas palavras fortemente negativas, mas não são sempre usadas. A linguagem é nossa tecnologia social, pode ser combativa, mas tende a ser positiva.
O que parece ser característica marcante do povo brasileiro é que espontaneamente expressamos as nossas alegrias com muita facilidade e de forma muito emotiva, refletindo um país privilegiado pela natureza favorável, o que é reconhecida muito pelos estrangeiros.