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Solução Possível na Petrobras

6 de fevereiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: a solução possível e não desejável, pequeno prazo, reação do mercado e dos acionistas

clip_image002O governo indicou Aldemir Bendine, que vinha ocupando a Presidência do Banco do Brasil, para o comando da Petrobras, o que não agrada a todos como seria desejável.

Aldemir Bendini, novo presidente da Petrobras, vinha ocupando a Presidência do Banco do Brasil.

Todos sabem que o governo teve que reduzir o prazo para a indicação do novo presidente da Petrobras, cargo que poucos aceitariam diante dos problemas urgentes para a publicação do balanço, além da difícil situação em que se encontra esta estatal. Optou-se pelo presidente que vinha ocupando o cargo no Banco do Brasil, que também é uma grande organização estatal, ainda que não seja um especialista na área petrolífera e de gás. Deve-se entender que o cargo de presidente é de coordenação de uma grande equipe, que também envolve conhecimentos técnicos.

Existe uma grande distância entre uma figura desejável e a possível. Todos gostariam de contar com um nome que desse um grande choque de credibilidade interna e externa à Petrobras, difícil de ser apontado e mais complicado ainda de aceitar o encargo, numa conjuntura tão desfavorável, do ponto de vista técnico, de mercado, como de conhecimento internacional. Dentro do prazo disponível, acabou-se definindo o nome de uma figura com experiência numa grande organização, ainda que do setor financeiro, também conhecido no mercado de capitais.

Ainda assim, as cotações da Petrobras na bolsa acusaram forte baixa, e os três representantes dos acionistas no Conselho de Administração, que não dependem do governo, acabaram por votar contra o nome indicado, demonstrando uma contrariedade e o não atendimento das expectativas existentes, difíceis de serem atendidas.

Para completar a diretoria da Petrobras havia que se indicar outro diretor para o setor financeiro, que também fosse o responsável pelo relacionamento com o mercado de capitais. Escolheu-se Ivan de Souza Monteiro, que exercia as mesmas funções no Banco do Brasil, que também possui ações no mercado. Portanto, uma figura conhecida nestas funções. A tarefa mais imediata de ambos é providenciar, com a urgência possível, a publicação do balanço, se possível com uma aprovação.

Os demais cargos vagos na diretoria da Petrobras foram preenchidos por nomes de experientes executivos com longas carreiras na estatal, sendo considerados técnicos e sem claras vinculações políticas. Sempre existem possibilidades que venham as ser identificadas algumas complicações, pois o governo não conta com mecanismos para a checagem de todas as carreiras destes indicados, como havia no passado.

Pode ser que ocorrar futuras adaptações. Parece que a mídia também está extremamente crítica, e mesmo que somente agora os nomes tenham sido indicados, já existem muitas notícias que aparentam objeções. O que seria conveniente é que houvesse um voto inicial de confiança, até o exame mais profundo de todas as notícias ligadas, além de um período mínimo para mostar serviços.