Brasil Também Adere ao AIIB Liderado pela China
28 de março de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: 40 membros fundadores, anúncio no Fórum Boano na China, até os aliados dos Estados Unidos
Apesar da resistência dos Estados Unidos, até países emergentes como o Brasil e a Rússia aderiram ao AIIB – Asian Infrastructure Investment Bank, liderado pela China, completando 40 países fundadores.
Xi Jinping na abertura do Forum Boao, foto que ilustra artigo do Nikkei Asian Review
Já registramos neste site que a China vem obtendo vantagens recentemente na geopolítica mundial, rivalizando com os Estados Unidos e seus aliados, quando Barack Obama já está no período final do seu mandato e ainda não há indicação clara de quem o substituirá, e Xi Jinping está no período de consolidação do seu poder interno e ampliando suas atividades internacionais.
O AIIB – Asian Infrastructure Investment Bank vai acabar rivalizando com o Banco Mundial, onde a influência dos Estados Unidos é forte, mas conta com cada vez menos recursos de custos mais baixos. Os países asiáticos que possuem volumosos recursos de suas reservas internacionais estão aplicando-os crescentemente nos relacionamentos internacionais, inclusive na América Latina e na África, ainda que mais concentrado na Ásia e na região do Pacífico.
Todos os países aspiram melhorar a sua infraestrutura, sendo que o ADB – Asian Development Bank (correspondente ao BID na Ásia), comandada pelo Japão, estima que US$ 8 trilhões serão investidos até 2020. Todos acabam interessados nestes recursos bem como na execução das obras e dos equipamentos envolvidos. Mesmo que haja outros interesses geopolíticos ou militares, os empresários estão vivamente interessados nas suas participações, que devem ajudar a economia mundial.
O Brasil anunciou a sua adesão ao novo AIIB, assim como a Austrália, tradicional parceira norte-americana no Pacífico. O interessante é que a imprensa brasileira e nem o governo brasileiro não divulgou até agora esta decisão, que é de maior importância internacional.
Mas a notícia já está publicada no site do Nikkei Asian Review num artigo assinado por Massashiro Okoshi que está em Boao, na província de Haian na China, não havendo por que não acreditar na sua veracidade.
A China e a Rússia, como o Brasil, também fazem parte do banco dos BRICS, que também tem a participação da Índia e da África do Sul, que caminha mais lentamente na sua implementação.