Novos Alimentos Com Base no Vale do Silício
7 de março de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo sobre novas tecnologias para alimentos no The Economist, novos enfoques para a alimentação sustentável, respeitando as preferências dos consumidores pelos sabores
No seu setor de publicações sobre tecnologias, o The Economist informa que conhecimentos acumulados no Vale do Silício começam a ser utilizados por startups na produção de novos alimentos com base vegetal, respeitando as preferências de sabores dos consumidores.
Ilustração constante do artigo do The Economist
As Nações Unidas informam que a pecuária utiliza 30% das terras cultiváveis, produz 14,5% das emissões de gases estufa, a produção de um quilo de carne bovina nos Estados Unidos exige 10 de rações, 5 para carne suína, 2,5 para aves. Que a atual população mundial de 7,2 bilhões de pessoas passará para 9 bilhões em 2050, informa-se que se apresentam desafios para a produção de proteínas vegetais. O que não se esclarece adequadamente é que os vegetais também geram problemas de sustentabilidade.
Mesmo para quem não seja um vegetariano ou vegano, há que se considerar que alternativas de alimentação precisam ser consideradas, enriquecendo as opções hoje possíveis, de forma mais eficiente possível, respeitando-se as preferências dos consumidores. Não se trata simplesmente de criar produtos substitutos que imitem as carnes, ovos e lacticínios, mas criar novos que aumentem as opções possíveis, que sejam nutritivas e saudáveis.
O artigo extenso do The Economist pode se acessado em inglês no http://www.economist.com/news/technology-quarterly/21645497-tech-startups-are-moving-food-business-make-sustainable-versions-meat. Ele apresenta uma grande riqueza de considerações que estão sendo perseguidas por novos produtores de alimentos saudáveis, que atendam as necessidades humanas de forma mais sustentável. Sem sacrificar os prazeres que os seres humanos obtêm de uma boa alimentação, se possível com custos mais baixos.
Muitos destes produtos já estão sendo comercializados até por grandes organizações no mercado norte-americano. Existem organizações como o Impossible Foods, Beyond Meat, Hampton Creek que estão conseguindo colocar na grande rede Whole Foods Market uma ampla gama destes novos produtos.
Muitas e variadas são as iniciativas, desde aqueles que desejam produzir alternativas vegetais dos hambúrgeres que contam com muitos fãs nos Estados Unidos. Os autores admitem que as carnes suculentas exercem fascínio sobre muitos consumidores e procuram respeitar suas preferências e procuram-se tecnologias que permitam atendê-los.
Mas, outros são mais revolucionários e pensam na criação de novos alimentos mais baratos e sustentáveis, estudando as principais características que são procuradas pelos consumidores, ainda de formas totalmente diferentes.
Profissionais das mais variadas formações estão sendo convocados por empreendimentos que procuram atender até aspectos moleculares ou características que atribuem aos alimentos capacidades valorizadas nos seres humanos. Nem tudo é sucesso, pois necessitam ser testados no mercado, e muitos acabam sendo rejeitados por variadas razões.
Os elementos que estão sendo utilizados decorrem da ampla disponibilidade de tudo que hoje é conhecido pela humanidade, mas acaba exigindo vantagens dos custos e benefícios, não somente em termos de mercado como de respeito à sustentabilidade.
Problemas de marketing também acabam ocorrendo entre concorrentes, mas o que é possível imaginar-se é que mais opções acabarão sendo oferecidos no futuro para as escolhas dos consumidores. Estes avanços tecnológicos acabam sendo importante, pois a alimentação é um dos fundamentos para a preservação da humanidade com suas características básicas.