Mudanças nas Imigrações Internacionais
4 de maio de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: chineses se tornam a maior corrente emigratória para os Estados Unidos, outras regiões do mundo, tendência no Brasil
Não é somente no Brasil onde os imigrantes chineses estão aumentando. Isto ocorre também nos Estados Unidos.
Emigração chinesa parece aumentar no mundo
Ainda não é uma tendência definitiva, mas, no passado, os chineses figuravam entre os emigrantes que se dirigiam a muitos países, inclusive aos Estados Unidos. Com a redução recente de imigrantes mexicanos para aquele país, os chineses passaram a ser os mais numerosos, conforme os dados dos US Census Bureau. Um artigo de Zheng Xin, publicado no China Daily, trata do assunto.
Este fenômeno não se restringe aos Estados Unidos, pois também no Brasil os imigrantes chineses superam os anos mais intensos dos japoneses, antes da Segunda Guerra Mundial. Também parece que esta emigração é intensa para o Canadá e a Austrália que aceitam imigrantes com bons níveis de patrimônios ou habilidades profissionais.
No caso brasileiro, está se verificando que alguns estão se dedicando à produção hortigranjeira de boa qualidade nos arredores de metrópoles como São Paulo. A ponto de se encontrarem produtos alimentícios de elevada qualidade em alguns estabelecimentos como os do bairro da Liberdade. Outros se dedicam aos muitos serviços, como os restaurantes que se multiplicam nesta mesma região, com seus filhos se dedicando a cursos superiores em universidades consagradas, com a de São Paulo. Como são em número relativamente pequeno, ainda não chegam a formar uma Chinatown, mas o que se nota é que o bairro da Liberdade deixou de ser predominantemente dos japoneses.
Quando se lê os artigos como o do Financial Times, que informa sobre os sacrifícios das populações rurais da China quando procuram as atividades urbanas, como publicado neste site, compreende-se que eles podem conseguir padrões de bem-estar superiores no exterior.
Ainda que eles venham para o Brasil, não parece significar que o destino final seja este país. Se eles conseguem condições melhores em outros países como nos Estados Unidos, no Canadá ou na Austrália, parece que se transferem novamente, quando possível. A taxa de natalidade destes imigrantes não parece tão elevada como a dos latino-americanos, mas certamente é mais alta do que o da China, que sofreu uma política demográfica restritiva no aumento de sua população.