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Universidade Japonesa de Kinki Pesquisa Atum no Panamá

25 de junho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Japan News, importância internacional., muitas variedades de atum, pesquisa no Panamá

clip_image002Como a demanda internacional de peixes continua crescendo rapidamente, a Universidade de Kinki é famosa pelas suas contribuições para a criação dos mesmos de diversas variedades, numa cooperação internacional com o Panamá.

 

Ilustração das pesquisas com a criação de peixes no Panamá

Todos sabem que existem muitas variedades de atum e o mais apreciado é o conhecido como bluefin (honmaguro em japonês). As técnicas para a sua criação já são conhecidas, mas exigem que sejam capturadas no mar ainda quando pequenos para serem cultivados artificialmente, até atingir a dimensão comercial dentro de alguns anos.

No Panamá são capturados 65% dos chamados atum yellowfin (albacora em português) e como estas atividades estão extremamente intensas, a International Union for Conservation of Nature and Natural Resources já os considera “quase ameaçados”, uma classificação logo anterior a da “em perigo de extinção”. Esta variedade já permite ser obtido a partir das ovas, e a Universidade de Kinki do Japão está cooperando com as autoridades panamenhas nestas tecnologias para a sua criação, que deve durar cerca de dois anos para atingir a dimensão comercial.

Já se conseguiu chegar das ovas até a chamada idade juvenil, de cerca de nove a 13 centímetros, numa espécie de tanque, segundo um artigo elaborado por Tatsuo Nakajima publicado no Japan News, que é a versão em inglês do gigantesco jornal japonês Yomiuri Shimbun.

Seria interessante que o Brasil também estabelecesse um projeto de cooperação internacional com a Universidade de Kinki, pois está se desenvolvendo mais rapidamente a produção de peixes fluviais, mas as variedades marítimas de maior demanda mundial, como o atum, só são pescados em alto-mar, inclusive pelos atuneiros japoneses, que utilizam tecnologias sofisticadas e cujas produções são encaminhadas para os grandes mercados internacionais.

O Brasil dispõe de um grande litoral que vai da região tropical até a temperada e conta com uma produção elevada de rações para estas criações. Já conseguiu a produção de camarões criados que enfrentaram alguns problemas, mas outras produções, como de ostras, mariscos e até de vieiras, já são efetuadas até em razoável escala, mas ainda não em dimensões adequadas para a produção para o mercado internacional.