Yomiuri Shimbun Sobre a Reforma Universitária no Japão
17 de junho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Educação | Tags: a posição do Yomiuri Shimbun sobre a importância da humanidade, a reforma universitária cogitada no Japão, uma necessidade universal.
O importante jornal Yomiuri Shimbun coloca a sua posição sobre a reforma universitária que está sendo recomendada pelo governo no Japão, que tem importância universal.
Yomiuri Shimbun tem versão em inglês
O atual governo japonês, por intermédio do seu Ministério de Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, recomendou às 86 universidades nacionais que reexaminem com urgência suas organizações e operações. Elas deverão elaborar planos de seis anoscom suas metas operacionais a partir do próximo ano fiscal, que começa em abril de 2016.
Estas universidades nacionais contam com autonomia desde 2004 com recursos assegurados para suas atividades, mas não se nega que muitas estejam com falta de brilho e características próprias. Todas devem preparar recursos humanos para atuar internacionalmente, com o Japão inserido no mundo.
Mas, como muitas outras no mundo, seus dirigentes acabam se preocupando com seus direitos, não se concentrando na eficiência dos seus cursos e pesquisas. Há uma tendência para seguir o padrão norte-americano, com excessiva departamentalização do conhecimento, quando o jornal Yomiuri Shimbun, como muitos jornais europeus, se preocupa também com a formação humanística de sua população, com o que concordamos plenamente.
Há uma necessidade de equilíbrio dos conhecimentos especializados com a atuação de todos como cidadãos, tendo uma visão mais ampla de todos os constrangimentos existentes como as necessidades de bases filosóficas, históricas, conhecimentos de ciências sociais, entrosados com as necessidades mais amplas da sociedade da qual fazem parte.
Intercâmbios com outras universidades e culturas acabam sendo necessários no mundo globalizado, inclusive no nível pós-graduado. Muitas pessoas estão se tornando demasiadamente objetivas no que perseguem, sem contar com o contexto em que atuarão.
A possibilidade de convivências com visões alternativas acaba sendo necessária, para um harmonioso funcionamento das sociedades das quais fazemos parte, formada por pessoas heterogêneas.
Parecem recomendações que não se restringem ao Japão, mas que devem ser consideradas também pelas universidades de outros países.