Alguns Gráficos Mais Expressivos do Relatório da NOAA
19 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no site da Bloomberg, gráficos mais expressivos de fácil compreensão., o relatório anual da NOAA
Se existe alguém ainda não convencido da gravidade das mudanças climáticas que estão ocorrendo no mundo pela ação humana, o exame de alguns gráficos mais expressivos da NOAA – US National Oceanic and Atmospheric Administration constantes do último relatório anual com dados até 2014 podem ajudar a mudar sua opinião.
Gráfico mostrando o aumento do nível do mar pelas pesquisas do NOAA
Gráfico mostrando a redução dos glaciais segundo o NOAA
Gráfico da concentração média do dióxido de carbono global, segundo a NOAA
Estes e outros dados do relatório anual do NOAA constam do artigo publicado por Tom Rendall no site da Bloomberg. Ele também informa sobre um dos mais terríveis El Niño, que neste ano deve afetar a muitos no mundo, inclusive no Brasil, com as irregularidades climáticas que prejudicam também as produções agropecuárias, além das inundações como as que estão ocorrendo no sul do país. Também o aumento de tufões, até em regiões onde eles eram raros, são indícios destas fortes perturbações climáticas.
Neste ano de 2015, ainda serão realizadas as reuniões mais importantes sobre o assunto, com o patrocínio das Nações Unidas em Paris, onde se pretende fixar as metas de redução dos poluentes na atmosfera. São compromissos como os que foram assumidos no passado, mas não contaram com a adesão dos maiores países poluidores do mundo, como os Estados Unidos e a China.
Como as discussões amadureceram e as evidências científicas foram reforçadas, tudo indica que algo objetivo poderá ser assumido inclusive pelos países com resistência aos compromissos, que estão afetando diretamente suas populações. As dificuldades econômicas enfrentadas pelo mundo globalizado atrapalham em parte as soluções, mas a gravidade da situação no mundo deve ser forte suficiente para influir nas decisões dos dirigentes máximos de todos os países.
Não se pode acreditar que a humanidade seja suicida a ponto de deixar estas evoluções climáticas continuarem nos próximos anos. Metas possíveis, ainda que exigindo sacrifícios de todos, principalmente dos países desenvolvidos. Eles foram responsáveis pelas poluições mais gritantes e terão que ajudar os países que se esforçam para a sustentabilidade como das florestas dos países emergentes como o Brasil.
Os ambientalistas estão um pouco mais otimistas, ainda que saibam que serão metas a serem perseguidas nas próximas décadas onde os usos dos combustíveis fósseis desempenham um papel importante. Estão avançando as reduções dos custos de geração e armazenamento de energias não poluentes como o solar e o eólico com muitos projetos no mundo que estão se tornando competitivos com os tradicionais e poluentes.
É preciso acreditar e cada um de nós pode colaborar com um mínimo, com a redução do nosso consumo de energia, por exemplo, como a população brasileira vem mostrando na redução do consumo da água potável, que pode ser mais expressiva.