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Ministério da Agricultura Procura Ativar-se

24 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: atividades intensas, mobilização dos recursos disponíveis, parcerias com o setor privado.

clip_image001Os analistas brasileiros reconhecem que a atual ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que foi presidente da Confederação Nacional da Agricultura, procura ativar ao máximo a sua pasta.

Ministra Kátia Abreu

Kátia Abreu é uma empresária agrícola que chegou à Presidência do Conselho Nacional da Agricultura (CNA), e hoje ocupa o Ministério da Agricultura, contando com habilidade para dispor dos recursos orçamentários indispensáveis, apesar do esforço do governo para obter o superávit fiscal. Há um reconhecimento que o setor é dos poucos que podem ajudar a ativar a economia brasileira, e ela procura adicionar os recursos vendendo os ativos disponíveis na pasta, para promover projetos conjuntos com o setor privado.

O Ministério da Agricultura conta com alguns imóveis que estão sendo mal utilizados, e a ministra procura aliená-los para gerar recursos adicionais que seriam voltados para as atividades prioritárias, como as pesquisas da Embrapa que vêm contribuindo para o aumento da produtividade agrícola do Brasil. Lançou o plano agrícola para atender as necessidades do setor, e procura elaborar uma agenda plurianual, sabendo que muitos projetos demandam mais que um exercício.

Com habilidade, vem se entendendo com os setores econômicos do governo e do setor privado, que bem conhece por ter sido a presidente da entidade de cúpula da área privada deste segmento estratégico da economia brasileira, que vem se expandindo com o aumento da produtividade. Conta com o suporte técnico de variados setores que reconhecem os seus esforços.

Um dos projetos com grande dificuldade de solução é o do seguro rural, que até o momento só conta com o seguro de crédito rural, de forma que, numa eventual frustração de safra por irregularidades climáticas ou calamidades de uma praga, os produtores agropecuários não fiquem endividados com os bancos. As dificuldades técnicas para tanto são as avaliações para determinar as causas destas frustrações que não sejam de responsabilidade destes produtores.

Os volumes de recursos citados na entrevista que concedeu para Claudia Safatle e Cristiano Zala, publicada no Valor Econômico, parecem modestos diante das dimensões da economia agrícola brasileira, dando a impressão que faltam alguns zeros. Mas, todos reconhecem que ela é das mais ativas entre as dezenas de ministros brasileiros, ao lado dos que vem procurando administrar os aspectos macroeconômicos do país.

Seria da maior importância que ela contasse com todos os recursos necessários, não necessitando que seja modesta nas cifras, pois os retornos do setor são rápidos, dentro de um processo que já vem sendo executado e sempre pode merecer novas iniciativas.