Siderurgia Chinesa Complica o Mercado de Aço no Mundo
11 de agosto de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: com a queda da demanda local volta-se a ampliação da exportação, queda de preços, reduzindo os lucros ou levando para prejuízos no resto do mundo., siderurgia chinesa representa metade da mundial
Os principais analistas do setor siderúrgico mundial previam que uma eventual queda da demanda chinesa de aço provocaria um terremoto no resto do mundo, com o aumento da exportação chinesa, o que já está acontecendo neste ano.
Metade da indústria siderúrgica mundial está na China
Um artigo elaborado por Martin Ritchie e Jasmine Ng, publicado no site da Bloomberg, informa que a siderurgia chinesa, produtora da metade de todo o mundo, procura aumentar a sua exportação devido à sensível queda no mercado local. Nos sete primeiros meses do ano, ela cresceu 27%, chegando a 62,13 milhões de toneladas, equivalente à produção japonesa, a segunda do mundo. Estima-se que deva chegar neste ano a 100 milhões de toneladas, quando no ano passado foi de 79 milhões.
Além do decréscimo da construção civil na China, a indústria automobilística do país como em todo o mundo está passando por uma redução, com seus preços caindo cerca de 30%. O efeito mundial desta exportação chinesa provoca uma sensível queda dos preços, dos salários pagos bem como acirrando a competição dos produtores em todo o mundo. O Brasil procura meios para não sofrer uma calamidade nas suas usinas, e também na China parte das unidades mais poluentes devem ser desativadas, ao mesmo tempo em que se ampliam as manutenções de algumas.
O total das exportações chinesas também será afetado pelas quedas dos preços. A importação de minérios voltou a crescer em julho último, indicando que os estoques já foram reduzidos. No exterior, a Nippon Steel e Sumitomo Metal preveem a primeira queda dos seus lucros, podendo chegar a um prejuízo. Também a Posco sul coreana passa pelo mesmo processo. O preço das bobinas laminadas a quente utilizadas em edifícios e nos automóveis caiu 33% de preço.