Controvérsias Sobre as Ações de Vladimir Putin

19 de outubro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: considerações de Fareed Zakarias, contraste com os EUA, determinação nas ações sobre a Síria, outras situações

Fareed Zakaria é um premiado jornalista de política internacional nascido na Índia com formação nas melhores universidades norte-americanas como Yale e Harvard, que tem publicado artigos nos principais meios de comunicação dos Estados Unidos. Ele não pode ser considerado parcial, mesmo quando expressa que muitos políticos dos EUA expressam admiração pelas ações de Vladimir Putin (foto).

Fareed Zakaria publicou um artigo no Washington Post, reproduzido em português no O Estado de S.Paulo, comentando que políticos do establishment dos Estados Unidos estão admirados com a ação determinada por Vladlimir Putin na Síria, em contraste com o que as autoridades norte-americanas, começando por Barack Obama, têm determinado naquela região, que considera o menor envolvimento dos norte-americanos nas questões internacionais desde o final da Guerra Fria.

Ele afirma que os responsáveis pela política externa dos Estados Unidos confundem atividade com realização. Eles interpretam que se país não intervém com afirmação enérgica, pode ser visto como fraqueza. E atualmente na questão da Síria, a Rússia e o Irã estão sendo mais efetivos que os EUA.

Ele comenta que os Estados Unidos intervieram no Iraque gastando US$ 2 trilhões sem nenhum sucesso, mas um grande fracasso que implica na perda de muitas vidas. Em outras intervenções, como na Líbia e no Iêmen, também não conseguiram sucesso, como o que tem acontecido em toda a Ásia.

Ele expressa que desde o governo John F.Kennedy em Cuba e no Vietña tem se acumulado muitos fracassos, esperando que Barack Obama caminhe como Eisenhower rumo à supremacia global e não com Putin.

Com todo o respeito a estas posições, parece que ela é controvertida, mas exige de todos uma reflexão, pois é evidente que os resultados não estão sendo satisfatórios. O que parece evidente é que a intervenção militar pode ser questionada e as diplomáticas dificilmente atingem um consenso. Parece que há necessidade de reconhecer as limitações das nações humanas, devendo se explorar as possibilidades de convivências entre os que pensam de formas diferentes.