Indústria Automobilística Japonesa Lucra nos EUA
27 de outubro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: combustíveis e juros., influência do câmbio., mercado interno e emergentes fracos, o lucro da indústria automobilística japonesa nos Estados Unidos
A indústria automobilística japonesa teve um lucro recorde histórico no primeiro semestre (abril a setembro) deste ano nos Estados Unidos em função do câmbio, combustíveis e juros baratos. Os resultados no Japão e nos mercados emergentes não foram bons.
Toyota obteve um lucro histórico como outras empresas automobilísticas japonesas
A indústria automobilística japonesa não contou com um mercado interno favorável e o mesmo aconteceu nos mercados emergentes, inclusive na China. Mas os seus lucros foram históricos nos Estados Unidos, ajudado pelo câmbio que foi negociado a 121 yens por dólar em média, mais de 18 yens do que no ano passado. Também a gasolina para os norte-americanos baixaram e os juros foram mantidos baixos pelo FED.
O lucro operacional da Fuji Heavy, fabricante do Subaru, saltou 50%, superando sua previsão que já era elevada, com aumento de 31%. A Mazda conseguiu 15%, quando a estimativa era de queda de 9%. A Suzuki conseguiu lucro de 10%, superando o aumento projetado de 1%, todos eles para o primeiro semestre (o ano fiscal japonês começa em abril).
A Nissan, que ainda não divulgou os seus dados, possivelmente conseguiu um resultado elevado em 50%. O lucro somado das sete grandes montadoras japonesas aparentemente atingiu um recorde, num segundo ano consecutivo, em função das exportações para a América do Norte. As vendas atingiram 17 milhões de veículos, a mais elevada nos últimos 14 anos, e as vendas dos utilitários que proporcionam boas margens foram bem.
Depois da crise financeira mundial, as montadoras japonesas racionalizam suas operações, e o aumento das vendas proporciona bons lucros. O mercado chinês é uma preocupação, mas parece que já há luz no fim do túnel, com algumas alcançando aumentos.
As montadoras japonesas representam cerca de um quinto das empresas cotadas em bolsa, o que deve beneficiar também as fornecedoras de componentes.