O Suplemento Setorial Embalagem do Valor Econômico
28 de outubro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: contínuos aperfeiçoamentos com novos materiais, cuidados com a sustentabilidade., soluções nos períodos de crise
A maioria dos produtos que é oferecida aos consumidores nas lojas envolve embalagens que são um aspecto importante, tanto por ajudar a atrair clientes como a forma de conservação do que está sendo oferecido.
Capa do Valor Setorial Embalagem
Embora a cultura dos consumidores seja diferenciada nos diversos países, existem embalagens desenvolvidas no exterior que podem ser aproveitadas com mais eficiência no Brasil. Muitas voltadas para os produtos de grande consumo acabam sendo adotadas pelos fabricantes brasileiros, que ainda necessitam de aperfeiçoamentos quando procuram colocar seus artigos em mercados externos. Existem países com grande tradição no setor, como o Japão, ainda que seus custos sejam considerados elevados para muitos países emergentes como o Brasil.
Uma das reportagens elaborada por Simone Goldberg apresenta a participação das embalagens segundo os materiais utilizados no Brasil, indicando que para 2015 os produtos plásticos representam cerca de 40%, os papelões ondulados aproximadamente 18%, os metálicos perto de 17%, os papéis próximos de 10%, sendo os demais de vidros, madeira e têxteis.
Entre os que apresentam muitas alternativas não disponíveis no Brasil, estão os plásticos, restritos no país mesmo apresentando cerca de 40% do total. Muitos produtos já vêm embalados das indústrias e chegam às lojas devendo ser atrativos para os consumidores, além de apresentarem qualificações para serem conservados frios ou congelados, evitando contaminações quando se tratam de alimentos ou remédios.
O caso clássico é o dos ovos. Eles saem das granjas já em pacotes com a quantidade desejada pelos consumidores, com maior segurança e facilidade para os transportes. As dimensões são calculadas para o melhor aproveitamento dos espaços nos veículos utilizados no sistema logístico.
Existem países como o Japão onde a indústria petroquímica apresenta uma riqueza de alternativas como os filmes, que ainda são restritos no Brasil. Alguns permitem a passagem do calor somente em uma direção, outros permitem impressões atraentes nas embalagens com as informações para os consumidores, outros apresentam resistências adequadas para os variados produtos etc., chegando a muitas dezenas.
Estão se disseminando os hábitos de reciclagem das embalagens visando a sustentabilidade, sendo que no Brasil alguns setores estão avançados como as latas de alumínio, em decorrência do seu valor. Outros ainda não são reciclados em quantidades desejadas, por se misturarem com materiais orgânicos sem a utilização de separações mecânicas ou eletrônicas.
Como o custo da manipulação do lixo é muito elevado nos países desenvolvidos, os desagradáveis lixões não mais existem, havendo usinas para o seu processamento, gerando até fertilizantes, sem a poluição do meio ambiente. Vi no Japão usinas que aparentavam instituições hospitalares, não exalando nem cheiros inconvenientes, mas certamente seus custos são elevados para países emergentes.
Algumas embalagens apresentam custos mais elevados do que seus conteúdos, como no caso de muitos produtos cosméticos ou alimentos de elevados custos, como chocolates e outros confeitos, principalmente os livres de conservantes sempre perigosos.
Na medida em que o Brasil volte com maior intensidade ao mercado internacional aproveitando os produtos derivados da sua biodiversidade, as embalagens acabam ganhando maior importância, até para atender as exigências das autoridades sanitárias dos países desenvolvidos.