Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Comunidade Econômica no ASEAN

23 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: anúncio de 10 líderes dos países do ASEAN, cerca de 600 milhões de habitantes., depois de 13 anos de negociações

clip_image001Na reunião do ASEAN – Associação dos Países do Sudeste Asiático, os líderes destes países assinaram o acordo criando a Comunidade Econômica com cerca de 600 milhões de habitantes, mesmo com a existência de pequenos detalhes a serem acertados.

O primeiro-ministro da Malásia Najib Razak cumprimenta o secretário-geral do ASEAN, Le Legong Munh, em Kuala Lumpur

As tarifas alfandegárias de 99% dos produtos serão eliminadas a partir de 2018, ainda que haja diferenças dos níveis de desenvolvimento entre os países membros, mas algumas barreiras não alfandegárias persistirão. Diferente da Comunidade Europeia, não haverá possibilidade de imposição das medidas aos países membros. Cingapura tem uma renda per capita 50 vezes maior que Camboja, mas serão feitos esforços para chegar ao futuro a uma razoável unanimidade.

Visa-se chegar a uma política comum, envolvendo a segurança, a cultura e a integração social, na esperança de poder competir com a China e a Índia, que também apresentam diferenças regionais. Espera-se que a medida tenha força para promover o desenvolvimento de toda a região, que utilizará a sigla AEC.

Acadêmicos de outras regiões possuem uma visão otimista, como Michael G. Plunmer, da Johns Hopkins University, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Os cidadãos destes países poderão trabalhar em outros países da região, mesmo limitado a oito setores como engenharia, contabilidade e turismo.

Ainda existem problemas de disputas fronteiriças, como entre Camboja e Vietnã, ou incêndios nas florestas da Indonésia que poluem outros países. Existem problemas em serviços como nos investimentos, havendo dificuldades com as compras das estatais.

Existem problemas de corrupção, mostrando que problemas políticos ainda terão que ser superados entre os países membros. Mas a Comunidade é uma manifestação de intenção diante das pressões que ocorrem por todos os lados, com os países sendo pressionados pelas iniciativas de diversas origens em sentidos semelhantes.