O Drama das Autoridades Monetárias Chinesas
23 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Financial Times, as pretensões da inclusão do remembi nos Direitos Especiais de Saque., combate às corrupções nas remessas de recursos para o exterior
Mesmo a China sendo a maior detentora de reservas estrangeiras, as especulações que estão ocorrendo com grandes remessas de recursos daquele país para o exterior estão forçando-a a combater as operações consideradas irregulares.
Foto publicada no Financial Times sobre o combate às irregularidades nas remessas de recursos da China para o exterior
Ainda que saiba da dificuldade de coibir estas ações, as autoridades chinesas estão combatendo as operações de remessa de recursos para o exterior, notadamente quando se utiliza o sistema bancário de sombra, como se chama o mercado paralelo.
Muitas destas operações são feitas em Hong Kong, onde as autoridades chinesas não podem atuar, bem como em outros mercados offshore. Como se estimam que tenham atingido a mais de US$ 125 bilhões, apesar da China contar com reservas superiores a US$ 3,5 trilhões, não são fluxos desprezíveis.
O drama das autoridades chinesas é que estão procurando transformar o remembi (versão externa do yuan) numa moeda como o dólar, o euro, o yen e a libra, ou seja livremente conversíveis e que façam parte dos Direitos Especiais de Saque do FMI, não desejando que esta ação seja considerada intervenção no mercado de câmbio. Alguns analistas entendem que esta possibilidade ainda é prematura.
Este site vem insistindo que os chineses atuam com grandes volumes de recursos também fora da China, fugindo do controle das autoridades do país. Estas especulações acabam sendo muito difíceis de serem coibidas, mas terminam incluídas na política de combate à corrupção do governo.