Algumas Preocupações Com o COP 21 em Paris
7 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: algumas preocupações, discussões sobre os fundos, falta do sentido de urgência, pouca participação popular.
Alguns cientistas ficam preocupados com as atuais discussões que estão sendo travadas na COP 21 em Paris, pois parece faltar um sentido de urgência, ficando somente nas discussões dos fundos necessários e quem deve contribuir.
Ministros do Meio Ambiente iniciam o exame do pré-acordo que deve ser aprovado por todos os países
Todos sabem que sempre um acordo geral de todos os países é sempre difícil e os textos do pré-acordo necessitam acomodar as exigências de muitas nações importantes, como os Estados Unidos e a China, para não ficar somente no que vem sendo feito até hoje com relação ao clima.
Mas alguns cientistas que estão participando destas discussões, mesmo procurando manter o seu otimismo, acabam sentindo uma dificuldade básica que é a falta do sentimento da urgência de medidas mais drásticas. O que está acontecendo hoje é decorrente da falta de medidas que já deveriam ter sido tomadas há décadas, pois os aquecimentos apresentam defasagens consideráveis no tempo.
Muitos ursos polares serão sacrificados pelos degelos
Os expressivos degelos nos polos, as grandes irregularidades climáticas, a ocorrência cada vez mais intensa de El Niños deveriam provocar, segundo eles, um sentimento de maior urgência, mas os políticos se comportam com se tudo poderia ser sustentado, não se conscientizando que as medidas que venham a serem tomadas ainda só terão efeitos nas próximas décadas e de forma paulatina.
Eles informam que as reuniões técnicas paralelas contavam com mais membros no palco que na plateia, não se observando participações populares expressivas, sem o as quais os políticos não serão convencidos das urgências.
As discussões envolvendo os grandes países responsáveis pela poluição, como os Estados Unidos e a China bem como os desenvolvidos que são os responsáveis pelo aquecimento atual, ainda se restringem aos recursos indispensáveis e quem serão os que devem comparecer com estes fundos. Há um sentimento de frustração com os cientistas, ainda que eles tenham de ser realistas, pois a piora do quadro parece inevitável nos próximos anos.
Incêndios na Califórnia estão aumentando
Eles reconhecem que os cientistas contam com dificuldade para apresentarem de forma mais dramática à opinião pública os graves dramas que estão ocorrendo. Existe uma dificuldade de comunicação e os que sofrerão primeiro as consequências destas irresponsabilidades não estão possibilitadas a apresentar suas preocupações.
Cidades estão sendo tragadas pelo mar
Os degelos já estão sacrificando as espécies que dependem das áreas congeladas que proporcionem alimentos para a sua sobrevivência, onde o urso polar é um dos símbolos. As áreas do litoral que estão sendo devastadas pelo avanço das águas do mar, destruindo habitações ou mudando as áreas que antes eram praias, não estão sendo mostradas. Só quando ocorrem calamidades como os tufões é que estão sendo noticiados.
As reduções das fontes de água, que permitem irrigações como os da Califórnia com a falta de nevascas nas Montanhas Rochosas, estão ocorrendo, não permitindo sustentá-las no futuro, mas não há medidas sendo tomadas. Os incêndios que ocorrem na Califórnia, cada vez com mais intensidade e prejuízos, não estão forçando as mudanças nos Estados Unidos.
Montanhas Rochosas com menos neves, cujos degelos permitem a irrigação da Califórnia
Os mais prejudicados sempre são os mais desfavorecidos dos diversos países, mas eles não estão sendo instrumentalizados para fornecer seus pontos de vista de forma expressiva. Os países ricos como da Escandinávia estão determinados a reduzir seus recursos para os projetos, como os da preservação da Amazônia, lamentavelmente.
São quadro que todos nós precisamos estar conscientes e ajudar a minorar as dificuldades da humanidade.