Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Demanda de Produtos de Luxo na Ásia

15 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: a Ásia continua crescendo, a distribuição de renda piora, os mais privilegiados demandam produtos de grifes conhecidas, tendências detectadas pelas pesquisas.

clip_image002O jornal econômico japonês The Nikkei fez uma pesquisa em seis países asiáticos – China, Índia, Indonésia, Tailândia, Vietnã e Filipinas – para fazer um levantamento sobre o consumo de produtos e serviços. Entre os produtos mais procurados estavam os norte-americanos e europeus como as marcas consagradas, e entre os automóveis se destacaram os alemães, enquanto a italiana Gucci figurou no top como os relacionados à moda. Entre as marcas asiáticas, apareceram a Uniqlo, na categoria das confecções, e a Sony e a Samsung, entre os eletrônicos. As marcas mais conhecidas e consolidadas continuam prestigiadas na Ásia.

BMW é procurada na Ásia pelos ricos consumidores

A pesquisa foi realizada nos últimos meses de outubro e novembro, com pesquisadores locais, e foram coletadas as informações de 300 consumidores, metade homens e metade mulheres, entre 16 e 59 anos em cada país, abrangendo 104 marcas divididas em cinco categorias. A Gucci acabou sendo o destaque. Apareceram também a Louis Vuitton e Chanel.

A China vem recebendo muitas empresas, mas os mercados do Pacífico da Ásia, excluindo o Japão, representam 36% do comércio mundial. A Gucci procura vender por intermédio de sua rede. Na China, a Chanel se destaca, com suas bolsas apresentando 20% da demanda, mas está sofrendo com a campanha anticorrupção de Xi Jinping.

Nas confecções que chamam de fast-fashion, figuram a Zara e a H & M, com a Uniqlo aparecendo em terceiro lugar. No mercado automobilístico, a BMW liderou em cinco países, e há uma tendência para a redução das vendas dos carros japoneses que chegaram a ter de 80 a 90% do mercado da região. A Volkswagen foi atingida no seu prestígio.

A Apple lidera a preferência em seis países com seus aparelhos celulares e smartphone, ainda que a Samsung mantenha 70 a 80% do mercado. No e-commerce, a preferência é pelo Amazon, que ultrapassou o Google e o Facebook. Alibaba, que é forte na China, continua em sexto lugar no geral. 90% dos chineses afirmam ter usado o Alipay.

Tudo isto parece sugerir que mesmo as marcas conhecidas precisam manter os seus esforços para preservar seus prestígios e em mercados de crescimento dinâmico novas marcas vão entrar agressivamente, mas ainda demandam tempo para conseguirem posições de destaque.