Economia da Saúde
4 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: as preocupações com os gastos crescentes com a saúde, as reduções das disponibilidades de recursos com a crise econômica, dificuldades com o desenvolvimento das tecnologias.
Muitos artigos e editoriais estão sendo publicados sobre os problemas que a saúde no Brasil está enfrentando, com a redução dos recursos disponíveis diante da atual crise econômica. Destacam-se o artigo de Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Albert Einstein, publicado na Folha de S.Paulo, e o suplemento especial Fenasaúde publicado pelo O Estado de S.Paulo.
Capa do suplemento publicado pelo O Estado de S.Paulo.
Este site já vem chamando a atenção para o setor de saúde, um dos poucos onde o desenvolvimento tecnológico é intenso e provoca um aumento dos seus dispêndios, quando o normal em outras atividades é haver um aumento de sua produtividade, provocando a redução do seu custo unitário. As novas disponibilidades de medicamentos decorrentes de custosas pesquisas, os equipamentos como os da robótica utilizados nas cirurgias e muitos outros acabam disponibilizando outros procedimentos, que infelizmente são dispendiosos.
A saúde suplementar é muito importante no Brasil no sentido de apresentar diversos planos de saúde para suprir complementarmente as possibilidades do SUS – Sistema Único de Saúde, que constitucionalmente deveria atender toda a população, mas infelizmente não conta com recursos para tanto. Como encargos adicionais são impostos a estes planos, sem o correspondente aumento de suas tarifas, as empresas do setor acabam enfrentando dificuldades, apresentando glosas, demora nas autorizações, e defasagens nos seus pagamentos, sobrecarregando os prestadores de serviços, como os hospitais e os diversos profissionais da saúde.
Os planos individuais e familiares praticamente desapareceram, por serem custosos, e o que continua funcionando são planos coletivos para empresas ou outros grupamentos, onde os riscos das incidências de serviços de saúde acabam sendo divididos por grupos maiores de segurados.
Atendimentos preventivos, como os check-ups, tendem a procurar a redução de procedimentos custosos, como as cirurgias. O que ainda não se generalizou são técnicas como as japonesas do “ninguém dock” que, atendendo a muitos, procura aprofundar os exames dos pacientes nos setores da saúde onde seus riscos são mais elevados, com informações familiares ou simples exames de sangue.
O suplemento do Estadão, decorrente do 1º Fórum da Saúde Suplementar, apresenta diversos artigos decorrentes das palestras apresentadas, procurando cobrir os principais problemas existentes. Para os interessados nestes assuntos com maior profundidade, o seu exame mais completo seria recomendável. Também experiências do exterior estão sendo apresentados.