Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

FMI Aprova Inclusão do Yuan no SDR

1 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: conquista chinesa para outubro de 2016, inclusão da moeda chinesa na composição dos Direitos Especiais de Saque do FMI, vai exigir uma política cambial clara da China.

clip_image002A China conseguiu no FMI que sua moeda, o Yuan, utilizada parcialmente em seu intercâmbio comercial, seja reconhecida com a importância dada às outras moedas, como o dólar norte americano, ao euro da Comunidade Europeia, o yen do Japão e do pound inglês.

Gráfico publicado no artigo do Yomiuri Shimbun

Isto só tem importância com o reconhecimento da importância de sua economia no mundo, ajudando na composição do chamado Direitos Especiais de Saque, uma espécie de moeda do FMI, onde os países membros podem utilizar quando em dificuldades financeiras.

Isto cria uma espécie de obrigação da China efetuar reformas no seu sistema cambial, permitindo que outros países possam ter acesso ao seu mercado financeiro, utilizando o yuan em suas reservas internacionais, dando plena possibilidade de conversão para outras moedas quando necessário. Esta confiança só será obtida junto aos outros países se sua moeda não for utilizada para regular a sua competitividade no mercado internacional, provocando desvalorizações ou valorizações que alterem as possibilidades dos seus exportadores ou importadores.

O FMI e sua atual responsável, Christine Lagarde, esperam que a China efetue as reformas indispensáveis na sua economia, bem como outros países aguardam uma maior presença do yuan nas operações internacionais. As informações são de que os dirigentes do FMI aprovaram por unanimidade esta inclusão do yuan.

Como expresso no gráfico acima, o yuan terá uma participação de 10,92% na composição do SDR, com uma substancial redução do euro, do yen e do pound, mas uma redução discreta do dólar.

Alguns analistas estão apontando que, com o tempo, o reinado do dólar tende a acabar, com uma diversificação maior do uso de outras moedas.