Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Impacto do Segundo Rating Negativo Para o Brasil

16 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: duas agências forçam bancos a evitarem financiamentos para o Brasil, elevação dos custos de financiamentos externos., Fitch é a segunda agência de rating que coloca o Brasil abaixo do grau de investimento depois da Standard & Poor’s

Todos os meios de comunicação social estão anunciando que a Fitch, uma das importantes empresas de rating no mundo, rebaixou o Brasil do considerado grau de investimento, o que leva os bancos a serem obrigados a considerarem seus empréstimos para o país como especulativos.

clip_image001clip_image002

As duas agências internacionais de ratings que rebaixaram o Brasil

Quando duas agências importantes de rating internacional divulgam seus exames dos dados macroeconômicos do país, bem como todas as demais condições como o quadro político atual, se os bancos internacionais mantiverem estes empréstimos nos seus balanços também suas cotações podem ser rebaixadas, pois estes ativos são considerados aplicações especulativas, de alto risco.

Como consequência imediata, o mercado mundial de financiamentos para o Brasil se retrai rapidamente, tendendo a levar os juros para patamares elevados que compensem tais riscos. Trata-se, praticamente, da impossibilidade de novos empréstimos e os recursos necessários são podem ser atendidos pelas reservas internacionais do Brasil ou superávits comerciais internacionais.

Os investimentos privados externos também tendem a se retrair, pois são indicações de que a economia pode chegar a uma situação que não pode atender os seus compromissos. Se o governo estivesse organizado, poderia se solicitar a assistência do FMI. Ele exigiria a adoção de medidas drásticas de ajustamentos, com reformas que não se consegue aprovar no Legislativo.

Tanto o Brasil com outros países emergentes já enfrentaram situações semelhantes, que exigem grandes sacrifícios da população, mais dos que são tomados voluntariamente. As autoridades econômicas do Brasil vinham tentando soluções, mas não foram ajudadas nem pelo Legislativo como pelo próprio Executivo, que ainda tende a subestimar as dificuldades pelos quais o país passa.