Lançamento de um Livro de uma Menina Multinacional

25 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: de mãe brasileira católica, ela nasceu no Japão e mora atualmente no Brasil, escreveu um livro vendido pela Amazon, explica o seu mundo., pai russo muçulmano

Yasmin Ziganshin, de1 1 anos, uma japonesa de nascimento, de mãe brasileira e católica, pai russo e muçulmano, nascida no Japão onde morou até os três anos, explica no seu livro “Do outro lado do mundo” a sua vivência multicultural.

Yasmin Ziganshin, que escreve em português, na foto publicada na Folha de S.Paulo.

Esta história toda está publicada na Folha de S.Paulo, num artigo de Mateus Luiz de Souza. Seus pais se conheceram no Japão onde trabalhavam. Dois anos depois, estavam casados e esperavam um bebê, e Yasmin Ziganshin lá viveu até os seus três anos.

Hoje, ela mora no Rio de Janeiro com a mãe e os avós maternos, pois seus pais se separaram quando a mãe veio morar no Brasil, e seu pai vive em Nova York. O livro gira em torno deste aspecto multicultural, muito presente em sua vida e que se torna cada vez mais frequente neste mundo globalizado.

Ela afirma na entrevista que sua família é como a ONU, com várias nacionalidades, idiomas e religiões. “O mundo precisa se unir, acabar com as guerras”, afirma ela, condenando os ataques em Paris. O livro está sendo vendido pela Amazon e é recomendado para pessoas a partir dos 5 anos.

Apesar das muitas vantagens de conhecimento de diferentes culturas, muitas crianças cujos pais circulam pelo mundo costumam apresentar problemas como os de identidade. Todos necessitam ter onde firmar suas raízes mesmo sendo cidadãos do mundo. Isto acontece com muitos filhos de expatriados, como diplomatas e executivos que trabalham em empresas multinacionais, com frequentes mudanças de residências e escolas.

Ainda que esteja se tornando frequente crianças de variadas formações com pais separados, é preciso se preocupar com suas sólidas bases psicológicas, pois ficam sujeitas a diferentes identidades, havendo que firmar a sua, superando muitas vezes pressões contraditórias.

Mas acaba sendo sempre interessante conhecer suas experiências, que podem enriquecer o mundo, ampliando as visões de prismas muito ricos, podendo ser o prenúncio deste novo mundo globalizado.