Nikkei Publica Sobre o Seminário Brasil – Japão de Saúde
2 de janeiro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: amplo patrocínio de entidades oficiais e privadas japonesas, parte da comemoração dos 120 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e o Japão, tecnologias de ponta na saúde.
O seminário foi promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Japonesa no Brasil, junto com o jornal econômico Nikkei, acerca da colaboração bilateral sobre a tecnologia de ponta na saúde, realizado em novembro último, que contou com amplo patrocínio japonês como parte dos 120 anos do Tratado de Comércio e Navegação entre o Brasil e Japão. Um relatório foi publicado agora no Nikkei Asian Review.
Foto de uma sessão de apresentação das palestras
Os trabalhos foram inaugurados pelo embaixador do Japão no Brasil, Kunio Umeda, com apresentações do vice-presidente da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Pedro Ivo Ramalho, e pelo correspondente japonês da agência PMDA – Pharmaceuticals and Medical Devises Agency, diretor executivo sênior Taiseku Hojo.
O primeiro painel de discussão contou com apresentações de Shigeru Saito, vice-diretor do Shonan Kamakura, Keilya Iida, assistente do ministro de Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão; Gonzalo Vecina Neto, CEO do Hospital Sírio Libanês; e Francisco Caiuby Vidigal Filho, presidente da Yasuda Marítima Seguros.
No segundo painel de discussão, houve as apresentações de Renato Ishikawa, CEO do Hospital Santa Cruz; Miguel Candoroglo Neto, diretor médico do Hospital Albert Einstein; e Hidetoshi Irigaki, vice-presidente do JICA.
Segundo Makoto Fujita, representante da Câmara, também presidente da Terumo Medical do Brasil, que fez o encerramento, as apresentações e os debates foram esclarecedores sobre os desafios existentes e no futuro espera-se que o Brasil receba maiores contribuições do Japão nesta área, efetuando check ups regulares.
Ainda que as manifestações sejam todas construtivas para o intercâmbio bilateral na área de saúde, notadamente nos seus setores de tecnologia de ponta, o que parece existir é a conveniência de uma instituição que centralize as contribuições japonesas. Historicamente, quando da instalação do Hospital Santa Cruz ainda antes da Segunda Guerra Mundial e durante a mesma, a elite da medicina brasileira, notadamente no setor cirúrgico, teve a possibilidade de ser beneficiada com as colaborações japonesas. Se algo parecido puder ocorrer novamente, haveria uma possibilidade de avaliação mais segura desta contribuição, do que a dispersa que vem ocorrendo em variados setores, notadamente quando as contribuições mundiais ocorrem em variados setores e instituições, sem que fiquem claras quais são de origem japonesa.