Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Problema do zika vírus

18 de janeiro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: chegou aos Estados Unidos, falta de uma ação mundial, Organização Mundial da Saúde., um problema universal

Chega a ser revoltante a atenção que o zika vírus vem recebendo da imprensa internacional. Enquanto o problema era dos países tropicais, mesmo afetando o Brasil de forma tão violenta e poucas vezes vista no mundo, a Organização Mundial da Saúde não se movimentou de forma global. Mas agora que chegou aos Estados Unidos espera-se que se organize uma campanha universal.

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Mapa constante de artigo no site da Bloomberg, mostrando os países onde foram constatados e aqueles onde existem somente estudos

Num artigo publicado por John Tozzi no site da Bloomberg, o assunto ainda é tratado como doença rara, quando o Brasil está sendo fortemente afetado pelo zika vírus, que se informa detectado em Uganda, em 1947. Num ensaio publicado no New England Journal of Medicine, clama-se agora sobre sua disseminação explosiva. Afirma-se sobre generalidades que já estão sendo informadas para a população brasileira.

Agora, espera-se que, além dos cuidados contra a sua disseminação, estudos mais profundos sejam efetuados, inclusive sobre as formas mais adequadas para o seu tratamento e prevenção. O artigo na Bloomberg começa por explicar o que é esta doença, com erupções cutâneas, febre, dor nas articulações, conjuntivite, já de conhecimento de muitos brasileiros.

Recomenda que viajantes evitem visitar países onde eles são encontrados, em especial as grávidas, diante do problema da microcefalia, como vem sendo informado pela Organização Mundial da Saúde. Segundo Michael Osterholm, diretor do Centro de Investigação em Doenças Infecciosas e Política da Universidade de Minnesota, ainda se pergunta se esta seria uma doença nova.

O artigo informa que o mosquito transmissor da febre amarela, dengue e também chikungunya é o mesmo do zika vírus, bem como da síndrome de Guillan-Barré. Aparentemente, as autoridades mundiais pouco sabem sobre o assunto, assim como as brasileiras. Mas constatam que se moveram da África para a Ásia chegando às ilhas do Pacífico, como na Polinésia Francesa, tendo chegado ao Brasil, Costa Rica e agora aos Estados Unidos.

As autoridades norte-americanas esperam que naquele país a sua disseminação seja mais difícil, pois o controle dos mosquitos tem sido mais eficaz. Na realidade, a Organização Mundial de Saúde necessita ser acionada pelas autoridades brasileiras, visando a elaboração de uma campanha mundial mais eficiente.