Chineses Investem nos Estados Unidos
30 de março de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: Bloomberg lista oitos alvos de investimentos chineses nos Estados Unidos, preferência por redes de hotéis, problemas cambiais
Os chineses continuarão investindo no exterior, pois desejam diversificar seus riscos, procurando alvos nos Estados Unidos, que continuam considerando, como o resto do mundo, uma economia confiável. O site da Bloomberg lista oito alvos que estão sendo adquiridos por grupos chineses.
O Intercontinental Hotel de Miami, componente do Strategic Hotels & Resorts, que também detém o Four Seasons de Austin e Silicon Valley, além do Intercontinental de Chicago, está sendo adquirido pelo China´s Anbarg insurance Group por US$ 6,5 bilhões, conforme artigo no site da Bloomberg
O artigo publicado por Elizabeth Fornier no site da Bloomberg lista também outros hotéis de luxo nos Estados Unidos onde os chineses estão na liderança das ofertas, como Marriott Intercontinental, que envolve o St. Regis de Nova Iorque e W Hotel Hollywood na Califórnia, chegando a um total de US$ 14 bilhões.
A General Eletric concorda em vender o seu setor de aparelhos elétricos para a China’s Hair Group, envolvendo US$ 5,4 bilhões. Os chineses, líderes mundiais em guindastes, ofereceram US$ 31 por ação da Terex norte-americana, que se fundiu com a Konecranes Oyj da Finlândia, mesmo sem solicitação.
O maior milionário chinês, Wang Jianlin, ofereceu US$ 3,5 bilhões pela Legendary Entertainment, produtora de Godzilla e Jurassic World. A China’s HNA Group ofereceu cerca de US$ 6 bilhões pela distribuidora de software Ingram Micro, sendo que os chineses já contam com Swissport International, que trabalha com a operadora de bagagens nos aeroportos. Também a Beijing Kunllun Tech, uma operadora de jogos pela internet, comprou a maioria da Grindr, a maior rede social de app para gays.
Foto do Chicago Stock Exchange constante do artigo no site da Bloombeg
Finalmente, o artigo menciona o interesse do Chongqing Casin Enterprese em adquirir a Chicago Stock Exchange, a bolsa de 134 anos que opera 0,5% dos ativos dos Estados Unidos, mas depende ainda de aprovação das autoridades.
Tudo isto indica que os chineses, donos de astronômicos ativos, estão procurando diversificar seus riscos, principalmente com ativos nos Estados Unidos, evitando ficar com os chineses, o que também é influenciado pelos câmbios entre as moedas chinesas e o dólar norte-americano, além dos juros vigentes em ambos os países. Não deixa de ser algo assustador.