O Premio Nobel da Paz 2014 Kailash Satyarth
14 de março de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Eu & Fim de Semana do Valor Econômico, os brasileiros nunca foram destacados no Nobel, recebeu junto com a paquistanesa Malala Yousaf-Zhai
A matéria publicada por Monica Gugliano no Eu & Fim de Semana do Valor Econômico registra a quinta visita deste indiano ao Brasil, a primeira depois de ter recebido o Prêmio Nobel.
Todos sabem que ela lutou para que as meninas pudessem estudar e ele destacou-se pelo empenho para que adolescentes pobres tivessem os mesmos direitos dos das famílias mais abastadas, e continuam com a mesma simplicidade, mas com uma capacidade de vocalização mais ampla dos seus ideais. São ouvidos por figuras como Barack Obama, Francois Hollande, Ban Ki-moon e outras lideranças mundiais.
A reportagem informa que ele continua com a mesma simplicidade, e na companhia de sua esposa procura divulgar seus ideais, conseguindo mais recursos para as suas causas. Num programa simples em São Paulo, almoçou num restaurante vegetariano, apreciando sucos de frutas do Brasil como pratos considerados por ele os melhores que teve oportunidade de saborear fora da Índia.
A mesma luta que começou pequena na Índia pelos mesmos direitos para os pobres, apesar das castas e outros preconceitos que não permitiam aos jovens prepararem comidas, tendo sofrido violências incompreensíveis. Os ideais perseguidos pelos jovens do Sudeste Asiático não parecem inspirar os brasileiros, que aparentemente estão concentrados somente nos direitos que pensam possuir, sem que se dediquem a trabalhos meritórios como eles.
Ele luta para que 200 milhões de meninos e meninas deixem a situação de escravidão, condenados a somente trabalhar sem poder estudar ou ganhar condições para a ascensão social. Temos muitos brasileiros e latino-americanos que enfrentam situações similares no Brasil e não notamos mais jovens brasileiros para atender favelados, habitantes de palafitas ou outras condições desfavoráveis pelo país.
Que bom que eles tenham também oportunidades de conhecer as coisas boas do Brasil, para que continuem suas jornadas por novas batalhas que inspirem mais brasileiros.