Problemas de Okinawa com as Tropas de Ocupação
22 de março de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: necessidade de novas formas do atendimento das conveniências recíprocas, novos problemas criminais, possibilidade de assistência técnica
Aparecem de tempos em tempo problemas relacionados com a convivência de membros das tropas de ocupação com a população de Okinawa, exigindo-se a evolução para as novas formas de atendimento das conveniências recíprocas dos Estados Unidos com o Japão.
Foto dos manifestantes japoneses contra os membros norte-americanos na US Marine Corps em Nago, Okinawa, publicada no artigo do The Japan Times
Um marinheiro norte-americano de 24 anos está sendo acusado de ter levado uma turista japonesa que estava desacordada no corredor de um hotel para o seu quarto. Isto reaviva um estupro coletivo de uma criança de 12 anos ocorrido em setembro de 1995 pelos soldados norte-americanos. A convivência com as tropas de ocupação acaba ficando mais difícil, ainda que tenha ocorrido o pedido de desculpas das autoridades militares norte-americanas.
O acordo militar entre o Japão com os Estados Unidos atende às conveniências recíprocas, tanto da presença de tropas norte-americanas na Ásia como da proteção internacional ao Japão, principalmente com armamentos atômicos. Mas estes atritos entre os membros das tropas com a população local não permitem mais a preservação destas unidades.
Parece indispensável que estas ocupações sejam substituídas por assistências norte-americanas para as tropas do próprio Japão, que evoluem do sistema de autodefesa até para suportes nas operações internacionais. Com a redução substancial de pessoal externo, as dificuldades como as atuais poderiam ser minimizadas.
É claro que existem problemas de toda a ordem para este tipo de evolução, que seria uma forma mais suave de acordo militar. Os Estados Unidos não estão mesmo em condições de suportar economicamente estas presenças, necessitando da ajuda de aliados locais. Também não dispõem de tropas que possam estar presentes na Ásia, mesmo com o potencial de atritos com a China.
Estes assuntos são complexos, tendo muitos aspectos que precisam ser considerados reciprocamente, mas os problemas como os das realocações das bases norte-americanas acabam gerando problemas infindáveis, sempre com insatisfações dos japoneses. Para quem fica distante destes problemas, geograficamente, não parece haver uma solução satisfatória, mas que crie o mínimo de problemas.