Uma Visão Relativa do Mundo
18 de março de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: importância da Rússia no cenário mundial, outros assuntos mundiais, usando o The Economist para a avaliação
Quando se avalia que assuntos estão exigindo leituras no The Economist, apesar da capa estar dedicada à visita de Barack Obama a Cuba, nota-se o interesse nas posições russas, sendo que o Brasil nem apareceu na pauta da edição desta semana.
Ilustração do artigo no The Economist que cuida da Rússia esvaziada
Talvez o critério não seja o mais adequado, mas quando se nota que os leitores do The Economist deste fim de semana se interessaram mais de quatro vezes sobre os acontecimentos na Rússia, em processo de esvaziamento, do que em Cuba, matéria de capa com a visita de Barack Obama, parece ser preciso desconfiar do que é realmente importante no mundo. O lamentável é que o Brasil, com todos os seus problemas, sequer mereceu uma nota, dando uma ideia da nossa importância no mundo, apesar de ser fundamental para a população deste país.
A Rússia está deixando a Síria, pois o assunto já não serve para dar a importância do seu papel no mundo, devendo se obsevar que o preço do petróleo provocou uma queda do salário médio dos russos, de US$ 850 em janeiro de 2014 para US$ 450 depois de um ano, ou seja, pouco mais da metade. Procurou-se dar uma imagem de uma retirada triunfal, que é totalmente falsa. Também na Ucrânia, desde outubro do ano passado, quando 61% dos eleitores russos achavam que estava indo para a direção correta, isto se reduziu para 51%. Putin encontra-se como um boneco oco.
Os jornalistas do The Economist entendem que os norte-americanos deveriam estar consciente da importância da consolidação de sua atual posição internacional, mas a disputa eleitoral na fase final da atual administração não está permitindo observar a importância do momento. O reconhecimento da importância da Ucrânia não parecer sensibilizar a NATO.
Enquanto isto, tanto Cuba como o Brasil, mesmo com suas importâncias relativas, acabam não tendo a avaliação correta do papel que podem desenvolver no mundo. Parece ser uma situação, no mínimo, lamentável.