Os Acidentes Naturais no Sul do Japão
21 de abril de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: ainda que o Japão seja um dos países mais preparados para assistência às vitimas dos acidentes naturais, continuidade dos terremotos e das chuvas, preparação de novos locais para serem habitados
As informações das agências governamentais japonesas são de que os terremotos e as chuvas não apresentam ainda indícios de diminuição de seus danos, notadamente na ilha de Kyushu, no Sul do Japão.
Danos dos repetidos terremotos na Ilha de Kyushu
O Japão conta com tecnologias para se defender dos terremotos, mas elas ainda estão mais desenvolvidas para os grandes edifícios que dificilmente desabam com os abalos. As pequenas residências, que normalmente utilizam madeiras não inflamáveis, acabam desabando, com muitas vítimas soterradas. Existem serviços de assistência considerados entre os mais eficientes do mundo, mas fortes abalos têm ocorrido em sequência, como o do último sábado que chegou a M7,3, além de inúmeros menores, superando mais de 600 eventos. E não existem indícios de que serão reduzidos, inclusive com chuvas que aceleram os deslizamentos, chegando a 40 a 50 milímetros por hora, estendendo-se de Kumamoto até Oita, na Ilha de Kyushu.
Ilha de Kyushu, no Sul do Japão
No passado, muitos incêndios ocorriam depois dos terremotos, mas todos os materiais de construção utilizados no Japão precisam apresentar a qualidade de não inflamáveis, reduzindo estes problemas. A extensão da região atingida vai de Kumamoto até Oita, passando por toda a Ilha de Kyushu, no Sul do país, abrangendo Fukuoka, Miyazaki e Nagasaki, as cidades mais importantes da região. Há localidade onde mais da metade das habitações foram atingidas, exigindo a remoção da população para muitos centros provisórios.
Parte da infraestrutura de transporte já foi recuperada, incluindo um trecho de Shinkansen, visando o atendimento das vítimas como outras necessidades de transporte. Haverá necessidade de construções de novas habitações, pois algumas vilas foram totalmente arrasadas.
Além do terremoto que chegou até a escala M7,3, com repetição de algumas outras fortes, mais de 600 eventos sísmicos foram registrados, sendo considerado o mais elevado constante dos registros. Também ocorreram fortes precipitações pluviométricas, de 40 a 50 mm por hora, que provocaram deslizamentos.
Não existem notícias sobre danos apreciáveis nas infraestruturas de energia e água, estando concentradas nas de habitações e de transportes. Não há também informações sobre escolas e hospitais afetados. Além dos locais para atendimento emergencial, haverá necessidade de novas habitações permanentes.
As mortes ocorridas decorrentes dos terremotos foram de 48 pessoas, relativamente baixo, com outras 11 atribuídas às causas paralelas como doenças, fadiga e estresse decorrentes dos eventos.
Estas informações foram divulgadas no Japan Today com base na matéria distribuída pela agência Kyodo.