Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Distâncias das Políticas Possíveis com as Desejáveis

29 de junho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: as dificuldades inglesas, caso brasileiro, difícil de se executar, fácil de recomendar, os problemas chineses

imageNestes momentos difíceis da economia e da política no Brasil, na China, no Reino Unido e praticamente em todo o mundo, sempre é mais fácil recomendar o que poderia ser feito do que executar o que se considera necessário.

Charge mostrando os problemas em todo o mundo

Muitos ficam preocupados porque o Brasil não dá sinais que pretende executar as grandes reformas entendidas por todos como indispensáveis, mesmo encontrando as resistências de muitos políticos mais preocupados com suas vantagens ou dos grupos que pretendem representar. O governo não dá indicações claras que exista um grupo de especialistas e políticos procurando equacionar os principais problemas existentes que se tornaram muitos. Parece tentar consolidar a sua própria posição que ainda é interina, não havendo sinais claros que o impeachment se confirmará. Mesmo que se realize, haverá que se tomar um conjunto de reformas cujos resultados só podem ser colhidos a longo prazo, enquanto as dificuldades imediatas se agravam.

Os mais experientes sabem que o quadro é muito difícil e não se atingiria um razoável consenso entre as muitas partes envolvidas, pois o cobertor é curto e não suficiente para cobrir a todos. A maioria deseja empurrar os encargos para os outros, reivindicando estímulos para os projetos que deseja. Muita arte e engenho serão necessários para desatar parte destes nós.

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                            O presidente interino Michel Temer enfrenta um quadro difícil

No caso da China, a revista The Economist alerta que o país precisa sair da situação de sonolência para resolver os problemas das ineficiências decorrentes das estatais que já estão falidas, mas não consegue projetos para empregar a todos que ficariam desempregados. As que não estão falidas precisam conseguir eficiências para competir com as grandes multinacionais, algumas com inovações que ampliam as suas atividades.

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                                           Charge num artigo do The Economist

Num artigo no Project Syndicate, Yuriko Koike, ex-ministra de Defesa do Japão e candidata a governadora em Tóquio, sugere que a lição do Reino Unido em seu Brexit’s deva ser entendida pelos países do ASEAN, como se o problema da decadência histórica da Inglaterra fosse algo fácil de ser contornado e aproveitado pelos outros países.

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                          David Cameron anunciando que vai renunciar em outubro próximo

Tenho a impressão que todos nós precisamos de um pouco mais de humildade para admitir que, mesmo que tenhamos as nossas sugestões, os responsáveis para programar medidas de grandes reformas têm um quadro de grandes limitações sabendo que podem fazer pouco, pois dependem muitos dos outros.