Estimativa da La Niña Para o Japão
27 de junho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: artigo no The Japan Times, estimativa de La Niña provocar muito calor em fins de agosto próximo, relativamente poucos tufões e tornados
As autoridades japonesas estão alertando a população que a La Niña deve provocar um forte calor em torno de agosto próximo no Japão. Já houve uma que provocou muitas mortes, principalmente de idosos.
Foto que ilustra matéria publicada no The Japan Times
Os japoneses temem mais os furações e tornados do que o intenso calor, pois ele que pode ser suavizado pelo uso do ar-condicionado e das piscinas. As estimativas divulgadas pelas autoridades são que o aquecimento deve estar intenso em fins de agosto próximo, mas os desastres climáticos podem ser menos intensos. Mas, no mínimo, um deles ocorrerá.
Ainda que o calor possa influenciar a agricultura, como os japoneses contam com muitos vinil-houses, estas dificuldades podem ser contornadas. Também cerca de 70% do abastecimento japonês de verduras e hortaliças já é proveniente de importações.
Quando o calor é intenso no Japão, a umidade tende a se elevar, por ser um arquipélago, e vem se registrando algumas mortes de idosos. Como o custo da energia elétrica está relativamente baixo, o uso de ar-condicionado deve ser intenso, ainda que se tome cuidado para controlar a temperatura para não exagerar no consumo de energia.
Os japoneses já estão adotando o cool biz, ou seja, evitam usar a gravata e o paletó, podendo se comparecer até nas reuniões oficiais com uma vestimenta leve, não havendo necessidade de formalidades.
Os fenômenos anticiclônicos ocorrem com altas temperaturas das águas do Pacífico e os provenientes do Tibet. O El Niño já está sendo substituído pela La Niña, com ventos vindos do oeste para aquele país.
Quando isto ocorre no hemisfério norte, também a América do Sul acaba sendo afetada por fenômenos climáticos, havendo possibilidade de irregularidades que prejudicam a agricultura brasileira, que pode pressionar um pouco a inflação se as autoridades não tomarem as devidas cautelas.