Estudos Sobre a Estatura dos Seres Humanos
26 de julho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: aumentos nos países desenvolvidos e emergentes, diferenças genéticas, higiene e saúde pública, melhoria da estatura com alimentação
Um artigo publicado no site de O Globo informa sobre pesquisas mostrando que existem diferenças na melhoria das estaturas dos homens e das mulheres em todo o mundo, atribuindo-se a estas melhoras às alimentações, higiene e saúde pública.
Estudos recentes informam que os holandeses estão em média entre os mais altos do mundo
Apesar do pessimismo generalizado no mundo atual, os estudos efetuados por pesquisadores do Imperial College de Londres informam que as estaturas dos seres humanos estão melhorando no mundo, atribuindo-se o fenômeno à melhoria da alimentação, higiene e saúde pública. A pesquisa abrangeu 200 países, entre o período de 1914 e 2014, envolvendo 18,6 milhões de pessoas de 18 anos, com informações populacionais de 1.472 estudos.
As brasileiras melhoraram 10,7 centímetros chegando a média de 160,9 cm ficando em 71º lugar na lista. Os brasileiros melhoraram 10,4 cm ficando com 173,6 em média, ocupando a 68º lugar. Não estamos nas posições de destaque, mas estamos melhorando. Os mais altos são os holandeses, que estão entre os mais altos do mundo, com uma média de 182,5 cm, saindo da 12ª posição em 1914 e chegando ao topo da lista.
Os iranianos foram os que mais cresceram, ganhando 16,5 cm, e as sul-coreanas ganharam em média 20,0 cm. Entre as mulheres, as da Letônia lideram o ranking com uma média de 169,8 cm. Lamentavelmente, em Timor-Leste estão os homens mais baixos, e as mulheres na Guatemala.
Segundo o pesquisador James Bentham, a alimentação, a higiene e a medicina contribuem para estas melhoras e a genética tem uma influência, mas dentro de cada país. A afirmação foi dada para o jornal Guardian. Elio Riboli, coautor da pesquisa, informa que a expectativa de vida também está associada às estaturas, com menor risco de doenças cardiovasculares entre os mais altos, que tendem a ter salários mais elevados e melhores níveis educacionais. Os estudos estão publicados na revista científica eLife e mostram que os homens são mais altos que as mulheres em todos os países.
Lamentavelmente, nos países do Sul da Ásia e da África Subsaariana, os avanços foram os mais baixos nestes 100 anos. Tudo isto mostra a importância dos indicadores demográficos no desenvolvimento, que não é captado somente pelos dados econômicos.