Localização das Nuvens no Mundo Pode Ser Problemática
12 de julho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: dados da revista científica Nature, mudanças nos últimos 30 anos, publicados no site da Bloomberg como no The Washington Post
Seção: Editoriais e Notícias Tags: .A humanidade ainda não conhece as consequências das mudanças na localização das nuvens no mundo, mas os cientistas desconfiam que não deve ser um bom sinal.
Gráfico da revista científica Nature que mostra como a localização das nuvens mudaram nos últimos 30 anos, publicado tanto no site da Bloomberg como no artigo do The Washington Post
Os artigos publicados por Eric Roston no site da Bloombeg e Chris Mooney no The Washington Post com informações da revista científica Nature informam que as mudanças das localizações das nuvens no mundo decorrem do aquecimento global e provocado por ações humanas. Os polos tendem a se aquecer e as regiões subtropicais onde há muita população sofrem fenômenos climáticos intensos que podem provocar irregularidades, como inundações, aumentando as incertezas do que se conhece. O gráfico ilustrativo das mudanças foi publicado por Joel Norris, climatologista do Scripps Institute of Eceanography, e sua equipe naquela revista. A advertência é que as nuvens são importantes, servindo como proteção ao aquecimento, e estão elevando a sua altitude, deixando as regiões tropicais mais descobertas. Não se conhece o suficiente ainda, mas os recursos para as pesquisas estão escasseando.
O que está acontecendo é uma discussão mais acirrada do ponto de vista teórico, mas as conclusões não são seguras, aumentando a incerteza. Mas não há dúvidas de que as mudanças estão ocorrendo. Os dados estão sistematizados e colecionados, mas só podem aumentar as preocupações.
Há suspeitas que as regiões tropicais estejam se tornando mais secas, com a redução da disponibilidade de águas. Não se sabe quanto disto pode ser atribuído a fatores naturais, como os vulcões. De qualquer forma, os lançamentos de poluentes na atmosfera estão entre as mais fortes suspeitas, havendo uma preocupação que o aquecimento atual esteja acima do limite de redução de 1,5 grau perseguido pelas decisões obtidas em Paris neste ano, não sendo suficiente para uma redução no longo prazo, que está se procurando obter dos diversos governos. O Brasil é um dos líderes do movimento neste sentido.