Japão Adere à Assistência Direta aos Menos Favorecidos
4 de agosto de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: assistências aos menos favorecidos, formas de ativar a economia, no Brasil e agora no Japão, nos Estados Unidos, os problemas das pioras nas distribuições de renda | 18 Comentários »
Muitos brasileiros se posicionam contra os programas sociais como o Bolsa Família que concedem assistências às famílias menos favorecidas. Algo semelhante já vem sendo adotado nos Estados Unidos há décadas e até no Japão começa a ser executado de formas adaptadas às condições locais.
Muitos são contra programas que concedem subsídios, mas o Bolsa Família, na medida que exige a frequência de crianças nas escolas, está sendo bem avaliado no mundo e adaptada está sendo adotada em outros países, até no Japão.
Lamentavelmente, tanto nos períodos de desenvolvimento como nos períodos de crise, as distribuições de renda e da riqueza continuam piorando na quase totalidade dos países. No Japão, que mantém um elevado padrão de vida médio para a sua população, também vem aumentando idosos desfavorecidos, principalmente os que não contam com as ajudas familiares, enquanto os privilegiados continuam melhorando os seus patrimônios, mesmo que a economia japonesa esteja estagnada há décadas. Os afortunados não aumentam os seus consumos para ajudar a economia. Esforços estão sendo efetuado continuamente, com programas do tipo chamado Abeconomics, mas não conseguem uma inflação moderada nem estimular o seu crescimento econômico, com a população tendendo a reduzir. Na nova tentativa de estimular sua economia, o governo japonês resolveu conceder assistência à população menos favorecidas, além das medidas tradicionais. Alguns alegam que estas condições precárias de muitos desfavorecidos sejam de suas opções, como os que dormem nas plataformas do metrô ou ferrovias.
Homeless japoneses vivendo nos lugares públicos
Os subsídios são modestos, cerca de US$ 150 mensais para cada desfavorecido, mas, atendendo cerca de 22 milhões de pessoas, espera-se que seja rapidamente transformado em consumo. Até agora os estímulos eram monetários, sendo a primeira vez que recursos orçamentários estão sendo utilizados desta forma.
Sempre achei que o Japão é uma propaganda enganosa. O Brasil, hoje, está bem melhor e nunca escondemos o lixo para debaixo do tapete.
Cara Simone Costa,
Lamentavelmente a diferença entre os privilegiados e desfavorecidos está aumentando em todo o mundo, inclusive no Brasil. O Japão é, mesmo com todos os seus problemas, um dos melhores países do mundo. Não tenha preconceitos, e visite estes países, para constatar o que existem neles, como também vale a pena conhecer bem o nosso país. Apontar os problemas existentes e tentar resolve-los parece ser um meio eficiente e desejável.
Paulo Yokota
O Japão está se tornando o Brasil do passado. O Brasil é o país do futuro.
Caro Henrique Tavares de Lima,
O subsídio aos menos favorecidos são oferecidos por países mais avançados do mundo, como os Estados Unidos e países avançados da Europa. Esperamos que o futuro do Brasil chegue rapidamente, como tem acontecido com outros emergentes. Para isto, o preconceito em nada ajuda, mas é preciso trabalhar muito.
Paulo Yokota
O Japão é um dos melhores países do mundo? E o que os japoneses fizeam com as chinesas na II Guerra Mundial? E a caça de baleias e golfinhos?
Cara Judith Almeida,
Todos os países possuem suas misérias. Tenhamos a humildade para não falar das nossas. Seria interessante que V. conhecesse o Japão como os outros países do mundo, para ter um termo de comparação razoável e equilibrado. Mas, acredito que suas manifestações contrárias a o que os japoneses fazem são adequadas. O que me preocupa é que não estamos avançando muito na solução adequada dos problemas da humanidade.
Paulo Yokota
Admiro a elegância do Sr. Yokota, mesmo quando está lidando com pessoas desprovidas de educação e cultura. Certos leitores se esquecem que o Brasil tem, também, muitos problemas (violência, corrupção, racismo etc.).
Cara Adriana Paoli,
Obrigado pelo comentário. Todos nós temos problemas, mas devemos reconhece-los para tentar a sua correção.
Paulo Yokota
Paulo parabéns pelas respostas que voce deu aos comentários foram simples e sensatas
Quanto a política de incentivos acredito no esquema de no curto prazo estimular consumo e no longo prazo trocar para o estimulo ao investimento
Caro Mauricio Santos,
Obrigado pelo seu comentário. V. tem toda a razão quando afirma que o investimento é relevante, pois promove também as inovações indispensáveis para o desenvolvimento. Devemos respeitar mesmo as opiniões com as quais não concordamos totalmente.
Paulo Yokota
Senhor Paulo:
Não perca a paciência! O seu blog é excelente! Aprendo muito com os seus textos.
Caro Carlos Silva,
Muito obrigado pelo seu comentário e uso do blog. Tento continuar melhorando.
Paulo Yokota
Maluf, Collor, Sarney, Calheiros, Cunha, Severino Cavalcanti etc. agradecem por exixtirem pessoas como a Judith Almeida. Assim, eles se eternizam no poder…
Caro Leonardo Farias,
Obrigado pelo comentário. Existem muitas opiniões que não apoiamos, mas precisamos respeitar.
Paulo Yokota
Das vezes em que estive no Japão, sempre me chamou a atenção a maneira com que os japoneses encaram os mendigos. É como se estas pessoas fossem invisíveis. Eles se lavam em praças públicas, usam toaletes das estações, e nem sequer os seguranças os impedem, como seria o caso no Brasil. O cúmulo são os moradores de rua eternamente acampados no jardim imperial, em frente ao palácio do imperador, na maior tranquilidade, com seus carrinhos de supermercado, suas tendinhas, fazendo suas necessidades ali mesmo, debaixo dos pinheiros preferidos do Imperador. Nunca entendi.
Caro Carlos Abreu,
Obrigado pelo comentário. Realmente, existem muitas coisas mundo afora que é difícil de entendermos. Os japoneses afirmam que estes são por suas opções, pois existem razoáveis assistências para a maioria, mas a desagregação das famílias é um fato lamentável.
Paulo Yokota
Ótimo blog!!!
Cara Milena Cunha,
Obrigado pelo comentário. Precisamos ver os lados positivos e também os negativos, com o máximo de equilíbrio possível.
Paulo Yokota