Pesquisa Sugere que Ler Livros Ajuda na Longevidade
22 de agosto de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: artigo publicado na Folha de S.Paulo, leituras ajudam na longevidade, pesquisa publicada no Social Science & Medicine
Sempre imaginei que conhecimentos adquiridos pelas leituras de livros ajudassem os leitores a se informar sobre a disponibilidade de conhecimentos que ajudassem na preservação da saúde, mas pesquisas efetuadas na Universidade de Yale sugerem que a própria leitura ajudaria na longevidade quando comparada com a da imprensa usual, isolando-se outros fatores que contribuiriam para tanto. (Ilustração constante do artigo publicado na Folha de S.Paulo).
Um artigo elaborado por Phillippe Watanabe, publicado na seção Saúde da Folha de S.Paulo, informa que uma pesquisa efetuada pela Universidade de Yale por 12 anos, utilizando uma amostra de 3.635 adultos com mais de 50 anos, sugere que a leitura de livros reduz em 20% os riscos de mortalidade quando comparada com da imprensa normal. Ela foi publicada na revista científica Social Science & Medicine, na forma de uma comunicação científica rápida.
Foram retiradas as influências sobre a mortalidade provocada pelo câncer, doenças do pulmão, infarto, diabetes e hipertensão. Estado civil e situação de trabalho, histórico de depressão, idade, sexo, raça e condição econômica também foram considerados, segundo o artigo na Folha.
No artigo, mencionam-se informações de pesquisadores da Universidade de Yale usando dados coletadas num trabalho da Universidade de Michigan, mas a sugestão é que a melhora de todos esses processos cognitivos pode levar a uma vida mais longa. O que parece estar sendo sugerido é que a leitura deixa os leitores mais satisfeitos, melhor do que outras formas de se adquirir conhecimentos.
O artigo completa com informações paralelas mostrando que os brasileiros preferem formas outras de gastar o seu tempo, como o uso da televisão e outros meios de comunicação social. Haveria uma procura de leitura entre a população mais jovem, que também contraria o senso comum. Estas imprecisões sugerem que o assunto tratado no artigo deva ser aprofundado para se chegar a conclusões mais seguras. No resumo publicado na revista científica, fica-se com a impressão que está se considerando somente informações obtidas, comparando-se os livros com a leitura da imprensa comum. Havendo possibilidade de leitura mais completa do trabalho científico, voltaremos ao assunto.