Sinais Modestos de Recuperação das Indústrias

3 de agosto de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: efeitos da desvalorização cambial anterior, não se pode atribuir méritos ao governo interino, primeiros sinais que o pior já passou

Começam a aparecer no Brasil os primeiros sinais de uma modesta recuperação do setor industrial, tendo se superado o fundo do poço. Mas as incertezas ainda são muitas, tanto no País como no resto do mundo, com a retomada do crescimento econômico.

Gráfico e tabela constante de artigo publicado no O Estado de S.Paulo

Um artigo elaborado por Daniela Amorim, publicado no jornal O Estado de São Paulo, informa que os primeiros meses deste ano já acusam um início modesto de recuperação do setor industrial brasileiro, mas ainda estamos 18,4% abaixo quando considerado o pico passado. É evidente que uma modificação na política anterior que veio desvalorizando o câmbio contribuiu para tanto, com a redução da importação de muitos produtos que retomaram a produção local, como algumas pequenas exportações. No entanto, a volta da manutenção de um câmbio valorizado aumenta as incertezas dos empresários, que ainda não efetuam investimentos para se tornar competitivos com o exterior.

As dificuldades políticas estão aumentando as incertezas, não criando um clima favorável para a economia mundial. Manifestações nacionalistas estão dificultando o comércio internacional e também os acordos comerciais estão sendo colocados em cheque.

Os sinais mais encorajadores ainda vêm da China, que também enfrenta problemas de reformas na sua economia além das dificuldades políticas para os posicionamentos futuros. Também se multiplicam as tensões políticas internacionais que não favorecem o comércio, ainda que existam esforços para a separação das economias com os problemas políticos internacionais.

Também existem dificuldades relacionadas com a preservação do meio ambiente, além de graves problemas de irregularidades climáticas. Com o envelhecimento da população mundial, há mudanças que precisam ser aceleradas. A soma de todos estes fatores resulta em maiores dificuldades para uma agressividade no crescimento, que passa a depender mais fortemente das inovações tecnológicas, que se processam mais lentamente.